ESG

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Quais são os desafios de ESG para mineradoras e como revertê-los?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

20 de outubro de 2022

20 de outubro de 2022

20 de outubro de 2022

De acordo com o relatório "Mineração 2022 - Uma transição vital", da PwC, o conceito de ESG para mineradoras já não é mais um diferencial ou uma abordagem opcional.

Isso porque os stakeholders desse segmento estão aumentando a pressão sobre as empresas para a adoção de boas práticas relacionadas à preservação do meio ambiente, aspectos sociais e governança.

Ainda segundo o mesmo estudo, o ESG deve ser visto como "a essência do que significa ser uma mineradora". O objetivo com essa postura é olhar para todos os impactos que podem ser gerados pelas atividades de mineração e mitigar (se possível eliminar) seus efeitos.

Do ponto de vista da PwC, ações sustentáveis nesse segmento geram muito mais valor e crescimento para as companhias, e simultaneamente fortalecem a comunidade ao redor e promovem o cuidado com o meio ambiente.

Apesar de, claramente, a implementação de ESG para mineradoras trazer resultados positivos e benéficos para todos que têm relação direta ou indireta com esse setor, uma série de desafios para a inclusão  de práticas mais abrangentes ainda precisam ser superados.

Dois bons exemplos são a descarbonização dos processos e o impacto social causado na região, especialmente pelo fato de que a maioria das áreas de extração está localizada em lugares de baixa renda.

Mas o que pode ser feito para superar obstáculos como esses e ter um ESG para mineradoras realmente eficiente, de acordo com o que é esperado por gestores, investidores e pela população de modo geral?

É sobre isso que falaremos neste artigo. Por isso, siga a leitura e confira tudo sobre o tema agora mesmo!

12 práticas de ESG para mineradoras

As tragédias de Mariana, em 2015, e de Brumadinho, em 2019, chamaram ainda mais a atenção para a necessidade de implementação de boas práticas de ESG para as mineradoras.

Nesse percurso, o IBRAM, Instituto Brasileiro de Mineração, criou e tornou pública a denominada "Carta Compromisso do Setor Mineral". O objetivo do documento é declarar publicamente os novos propósitos voluntários dessa indústria.

Sobre isso, vale destacar que não se trata de algo obrigatório a ser seguido pelas companhias mineradoras. Entretanto, é uma forma de reconhecimento quanto à real necessidade de se adotar políticas ESG, a fim de aumentar a transparência, melhorar o relacionamento com a comunidade, bem como a imagem do negócio.

Com metas mensuráveis, implementáveis, alcançáveis, críveis, verificáveis e reportáveis, as ações de ESG do IBRAM para as empresas mineradoras abordam 12 áreas, que são:

  • segurança operacional;


  • barragens e estruturas de disposição de rejeitos; 


  • saúde e segurança ocupacional;


  • mitigação de impactos ambientais;


  • desenvolvimento local e futuro dos territórios; 


  • relacionamento com comunidades; 


  • comunicação e reputação; 



  • inovação;


  • água; 


  • energia; 


  • gestão de resíduos.


Segurança operacional

O objetivo é a realização de um gerenciamento de risco, de modo a garantir que todos os processos da empresa estejam iguais ou superiores aos padrões de segurança exigidos para esse setor.

Barragens e estruturas de disposição de rejeitos

Também focado na segurança e no atendimento dos padrões mundiais estabelecidos para o ramo de mineração, o propósito dessa prática de ESG para mineradoras é promover uma gestão de barragens e estruturas de disposição de rejeitos eficiente e livre de qualquer tipo de falha ou incidente.

Saúde e segurança ocupacional

Aqui o propósito é promover a saúde, o bem-estar, a segurança e a qualidade de vida de trabalhadores diretos ou indiretos.

Para isso, os gestores precisam analisar e aprimorar as condições do local de trabalho, de modo que isso preserve a integridade física, mental e emocional dos colaboradores.

Mitigação de impactos ambientais

É praticamente impossível realizar uma atividade de mineração sem impactar, de algum modo, o meio ambiente. 

Considerando uma estratégia ESG, a ideia é reduzir esses reflexos, com ações de recuperação e/ou compensação ambiental.

Desenvolvimento local e futuro dos territórios

A proposta aqui é que as atividades de mineração sejam inclusivas e que gerem valor para todos os agentes envolvidos. Desse modo, se torna possível contribuir para o crescimento econômico e social da área explorada.

Relacionamento com comunidades

Os diálogos com a comunidade local devem ser inclusivos, participativos, sinceros e transparentes. É preciso abordar e destacar a realidade das ações da companhia, seus reflexos e impactos, bem como ouvir o que a população tem a dizer a respeito, incluindo suas queixas e solicitações.

Comunicação e reputação

A estratégia de comunicação da empresa mineradora precisa ser rápida, transparente, autêntica, e ter como base uma linguagem simples e facilmente compreendida pelos mais variados grupos.

Essa prática também afeta a maneira como a companhia é vista por seus stakeholders e, consequentemente, na sua reputação.

Dica de leitura: "Como melhorar a reputação da empresa: estratégias eficazes para fortalecer sua organização"

Diversidade e inclusão

No que se refere à diversidade e inclusão, a meta é o reconhecimento do direito igualitário de todos os seres humanos, incluindo heterogeneidade de classe, gênero, orientação sexual, etnia, entre outros.

Esse conceito pode, e deve, ser aplicado na hora de contratar fornecedores, por meio de uma estratégia de diversidade de fornecedores na cadeia de compras

Para você ter uma ideia da importância dessa estratégia, um relatório do banco para empreendedores canadenses BDC, revelou que o retorno sobre investimento de empresas que operam dessa forma é 133% maior do que aquelas que não seguem essa abordagem. 

Além disso, a diversidade e a inclusão podem gerar às companhias novas fontes de receita.



Inovação

Inovação em ESG para mineradoras consiste no uso de novas tecnologias para aumentar a eficiência dos processos e, ao mesmo tempo, diminuir os impactos socioambientais característicos desse mercado.

Água

Nesta prática de ESG para o setor de mineração, o propósito é encontrar meios de diminuir o consumo de água, tornando-o mais consciente e sustentável. Paralelo a isso, é preciso ponderar sobre a preservação de rios, mananciais e bacias hídricas.

Energia

O mesmo princípio vale para o consumo de energia. A proposta, no entanto, é identificar fontes energéticas mais sustentáveis, renováveis e que ajudem a reduzir o uso de recursos naturais. 

Gestão de resíduos

Quanto à gestão de resíduos, os compromissos de ESG incluem a redução e/ou o reaproveitamento, bem como a destinação correta do que foi gerado e será descartado pela companhia mineradora. 

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Os desafios de ESG na mineração

O relatório "Riscos e Oportunidades de Negócios em Mineração e Metais no Brasil em 2022", da empresa de consultoria EY, revelou que as questões ESG desse setor que poderão gerar mais entraves perante investidores são:

  • impacto causado na comunidade local: 55%;


  • biodiversidade: 35%;


  • descarbonização: 35%.


Do ponto de vista governamental, os pontos que precisam ser trabalhados e que, por conta disso, podem ser vistos como desafios são:

  • impacto de royalties e impostos: 55%;


  • precificação de carbono: 30%;


  • políticas para atrair investimentos estrangeiros: 30%;


  • alteração de leis de mineração para acelerar a concessão de licenças: 25%;


  • incentivos: 15%;


  • aumento dos direitos de exportação: 10%;


  • beneficiamento obrigatório: 10%



Mas ainda que existam esse obstáculos, é preciso que os gestores das companhias de mineração tenham em mente as vantagens que a implementação do ESG pode trazer para o negócio, por exemplo:

  • melhorar a imagem da marca;


  • chamar a atenção de investidores;


  • aprimorar o relacionamento com a comunidade afetada.


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