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Make or buy: como decidir entre comprar ou produzir? 7 critérios

Written byLeo Cavalcanti

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Written byLeo Cavalcanti

November 14, 2023

November 14, 2023

November 14, 2023

A estratégia "make or buy" consiste em decidir se é mais viável e vantajoso internalizar a fabricação de determinados insumos, serviços e tecnologias ou transferir essa atividade para um negócio terceiro.

Para essa definição ficar mais clara, usaremos um exemplo. Suponhamos que sua empresa precise de um sistema para automatizar o cadastro de candidatos a uma determinada vaga que está aberta. Considerando o porte do negócio, você já tem uma equipe de TI interna que supre outras demandas tecnológicas da companhia.

O ponto que precisa ser analisado aqui é: o que será mais benéfico financeiramente e qual decisão resultará em uma ferramenta melhor: solicitar que o time de TI desenvolva esse software ou contratar uma das soluções terceirizadas disponíveis no mercado?

Em um primeiro momento, essa parece ser uma questão fácil de ser respondida. Porém, dependendo da realidade do negócio e da forma de atuação, é preciso ponderar sobre vários critérios, tais como a identificação do melhor custo-benefício ou a dificuldade de encontrar um fornecedor qualificado.

É justamente para resolver demandas como a desse exemplo que entra o conceito make or buy. Mas quando utilizar essa estratégia? Quais pontos precisam ser avaliados nessa tomada de decisão?

Siga a leitura deste artigo e confira, em detalhes, tudo sobre essa importante decisão gerencial!

O que é a estratégia make or buy?

A estratégia make or buy — que, em português, significa comprar ou produzir — pode ser definida como uma tomada de decisão entre a empresa desenvolver internamente tecnologias e absorver a produção de insumos e matérias-primas ou terceirizar essas atividades, delegando-as a fornecedores capacitados para atendê-las.

Um dos principais objetivos desse conceito é identificar qual cenário é melhor e mais indicado para a realidade do negócio. 

Entre terceirizar e contratar fornecedores ou realizar a fabricação e produção interna, qual dessas opções gera menos custos, garantindo a qualidade e a quantidade necessária para suprir as necessidades da companhia?

Em suma, o conceito comprar ou produzir é uma tomada de decisão, a qual ajuda os gestores a identificar e analisar os prós e os contras entre diferentes opções estratégicas.

Sugestão de leitura: "Terceirização de compras: o que é e quando recorrer ao parceiro de trabalho"

Quando utilizar a estratégia make or buy?

A estratégia make or buy deve ser utilizada quando gestores e líderes de uma empresa precisam decidir entre internalizar atividades ou terceirizá-las. A ideia é chegar a uma deliberação que atenda às necessidades do negócio, com precisão, mas sem onerá-lo financeiramente ou afetar a qualidade do que é comercializado.

Quando falamos em internalizar atividades, estamos nos referindo a uma série de tarefas, operações, processos e serviços que podem ser feitos "em casa" ou transferidos para negócios terceiros.

Alguns exemplos de situações que cabem no conceito comprar ou produzir são:

  • desenvolvimento de softwares;

  • fabricação de peças e componentes;

  • produção de matéria-prima e insumos;

  • realização de atividades-meio, tais como serviços de limpeza, segurança e RH.

Dica! Aproveite e leia também: "Quais são os riscos de terceirizar serviços da empresa? + 12 dicas para evitá-los"

Quais as vantagens e desvantagens da terceirização (comprar)?

A terceirização traz uma série de vantagens para uma companhia, sobretudo para as que não têm expertise na solução ou no recurso que precisa adquirir, nem estrutura necessária para desenvolver essas questões internamente.

Porém, como tudo na vida tem dois lados, há ainda algumas desvantagens da terceirização que precisam ser consideradas antes de optar pela compra de insumos ou contratação de fornecedores, como os exemplos que citaremos a seguir.

Vantagens de comprar (make)

  • Redução de custos com infraestrutura e/ou pessoal.

  • Garantia de mão de obra qualificada.

  • Mitigação de riscos trabalhistas.

  • Maiores chances de se ajustar às mudanças do mercado, o que também pode acontecer em menos tempo.

Desvantagens de comprar (make)

  • Necessidade de uma gestão de riscos mais precisa.

  • Dificuldade de encontrar o tipo de fornecedor certo.

  • Criação de um vínculo de dependência com a empresa fornecedora.

  • Possível responsabilidade subsidiária sobre os débitos da empresa terceirizada.

Não deixe de conferir este artigo: "Guia completo para gestão de terceiros: 5 etapas essenciais"

Quais as vantagens e desvantagens da internalização (produzir)?

As vantagens e desvantagens da internalização (produzir/buy) variam bastante de negócio para negócio. Um dos principais motivos é que essa forma de atuação tem relação direta com a capacidade interna da companhia de chegar ao seu objetivo.

Esse contexto também está vinculado aos seguintes fatores: porte empresarial, expertise dos funcionários, tecnologias e infraestrutura que a empresa já dispõe, orçamento direcionado para a demanda que precisa ser atendida e afins.

Porém, há alguns prós e contras da internalização comuns a todas as companhias. Veja alguns exemplos abaixo.

Vantagens de produzir (buy)

  • Autonomia e independência para determinar prazos e fluxos.

  • Melhor controle de qualidade.

  • Garantia de personalização.

  • Certeza de que os critérios estabelecidos serão atendidos.

  • Redução de riscos, a exemplo do reputacional e de desabastecimento.

Desvantagens de produzir (buy)

  • Limitação de escala.

  • Pouca, ou mesmo nenhuma, capacidade de diversificação.

  • Dificuldade de se adequar rapidamente às mudanças do mercado.

  • Aumento dos custos, como os relacionados a manter funcionários qualificados na folha de pagamento.

  • Necessidade de capacitar os profissionais para atender à demanda ou adquirir novos maquinários e tecnologias, gerando mais gastos para o negócio.


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O que avaliar na decisão make or buy? 7 critérios!

Na decisão make or buy, há alguns passos bem importantes que precisam ser seguidos, que são:

  • revise os processos da empresa;

  • avalie a capacidade produtiva do negócio;

  • verifique o know-how dos times internos;

  • analise a existência dos fornecedores necessários;

  • compare os custos de comprar ou produzir;

  • mensure os resultados que podem ser obtidos;

  • pondere sobre os riscos relacionados.

Confira mais detalhes logo adiante!

1. Revise os processos da empresa

A tomada de decisão entre comprar e produzir deve partir da identificação das necessidades da empresa. E a melhor forma de chegar a essa resposta é revendo os processos realizados.

A ideia, com esse primeiro passo, é levantar todas as atividades executadas pelo negócio e o que cada uma contempla e necessita, a fim de verificar o que pode e o que não pode ser terceirizado.

Nesse trajeto, deve-se avaliar também quais atividades terão mais resultados se forem realizadas de fora e quais trarão melhor custo-benefício se forem mantidas internamente.

2. Avalie a capacidade produtiva do negócio

Sua companhia tem os maquinários e equipamentos necessários para produzir as peças que precisa para fabricar os itens que comercializa? E espaço para armazená-las, há também?

Dependendo da resposta dada a essas perguntas, é mais interessante contratar um fornecedor para entregar esses insumos do que fabricá-los internamente.

O segredo para decidir essa questão é ser realista, respeitando o atual cenário da companhia.

3. Verifique o know-how dos times internos

Perguntas semelhantes devem ser feitas quando o que precisa ser verificado é a expertise dos profissionais. Isto é, seu time de profissionais tem conhecimento e experiência suficiente para absorver as demandas?

Caso tenha, esse é um ponto favorável para a internalização das atividades. Se não tiver, é preciso analisar o que é mais viável e financeiramente interessante para o negócio: dar treinamentos para capacitá-los ou contratar mão de obra externa já qualificada? 

Sugestão de leitura: "Qual a real importância do treinamento de equipe de compras?"

4. Analise a existência dos fornecedores necessários

Você chegou à conclusão que é melhor contratar um fornecedor para atender determinada demanda do seu negócio. Mas será que existe uma empresa fornecedora apta para suprir essa necessidade?

Quanto a isso, é bem importante você saber que existem diferentes tipos de fornecedores, que são:

  • monopolistas: trabalham com produtos exclusivos e, por conta dessa característica, não têm concorrentes;

  • habituais: fornecem insumos, matérias-primas e/ou serviços que abastecem diferentes mercados;

  • especiais: são empresas fornecedoras que atendem demandas raras ou pontuais, a exemplo de itens sazonais.

Dependendo da demanda do seu negócio, pode haver dificuldade de encontrar o fornecedor certo. Ou, ainda, você pode encontrar, mas a custos elevados.

Nesse caso, a estratégia make or buy pode ser aplicada como forma para encontrar a melhor saída para impasses como esse.

5. Compare os custos de comprar ou produzir

Já que falamos sobre custos, é fundamental que você faça uma comparação de valores entre comprar ou produzir. Afinal, seu objetivo é encontrar a melhor solução, mas sem afetar a lucratividade do negócio, certo?

Ao realizar a comparação de gastos, pense em curto, médio e longo prazo. Isso porque um investimento inicial considerado alto para internalizar as atividades pode representar uma economia mais expressiva com o passar do tempo.

O contrário também é válido, ou seja, contratar um fornecedor agora por ser mais barato, contudo, elevar as chances de prejuízos financeiros no futuro, a exemplo dos decorrentes pela perda de qualidade, desabastecimento ou atraso nas entregas.

6. Mensure os resultados que podem ser obtidos

Decidir entre comprar ou produzir não deve ter como objetivo apenas a redução de custos para a empresa. É preciso considerar também quanto essa escolha refletirá na experiência dos clientes.

Contratar um fornecedor ajudará a reduzir o tempo de fabricação e, consequentemente, de entrega dos produtos aos compradores? A qualidade se eleva quando os insumos são produzidos internamente?

Esses são exemplos de alguns pontos que devem ser analisados, pois de nada adianta ter um bom fluxo produtivo, e mais barato, se isso estiver impactando negativamente o relacionamento com os clientes e o seu volume de vendas, concorda?

7. Pondere sobre os riscos relacionados

Os pontos que acabamos de citar estão diretamente relacionados aos riscos da cadeia de suprimentos e a quanto é viável absorvê-los ou não.

Vale considerar que, por mais benéfica que seja a contratação de um fornecedor, essa parceria está passível de diversas ameaças, a exemplo das financeiras, reputacionais e jurídicas, entre outras relacionadas.

A melhor forma de mitigá-los é ponderar sobre fatores como compliance da empresa fornecedora, capacidade produtiva, saúde financeira etc. A Lei da Terceirização também deve ser estudada, a fim de garantir seu atendimento.

É certo que realizar todo esse processo manualmente é inviável. Por isso, contar com ferramentas que otimizam a gestão de fornecedores faz toda a diferença.

Na Linkana, por exemplo, você encontra o Linkana ESG Rating, solução para análise de riscos de indicadores ESG, realizada por meio de pontuações atribuídas aos critérios ambiental, social e de governança que se baseiam em dados públicos e documentos  apresentados pelos próprios fornecedores.

Assista a este vídeo com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, e entenda melhor como funciona o Linkana ESG Rating.

https://youtu.be/T1DmQi-JmKQ?si=GVWwCSwA00jEgVBe


Como a gestão de fornecedores ajuda a decidir entre comprar ou produzir?

A gestão de fornecedores contribui para a estratégia de make or buy ao aprimorar o processo de identificação, homologação e qualificação de parceiros para compor a rede de abastecimento do seu negócio.

Desde encontrar fornecedores para sua empresa, passando pela análise de documentos e da saúde financeira, verificação de certificações e até a análise de desempenho após a contratação, quanto mais automatizados estiverem esses processos, mais resultados trarão.

Somado a isso, os softwares de gestão de fornecedores certos aumentam a produtividade do time de compras e procurement, diminuem erros de avaliação, encurtam o tempo necessário para contratação e contribuem para identificar e mitigar riscos.

E a Linkana pode ajudar você em todos esses pontos!

https://youtu.be/T4CMXDrgswQ?si=vzTe1XKSdUYMm-QK

Confira como a Linkana contribui com sua estratégia de comprar ou produzir!

A Linkana é a primeira fundação de dados de fornecedores compartilhada do Brasil. Nossa base de dados de perfis universais de fornecedores permite que compradores analisem e homologuem fornecedores em alguns cliques. 

Com isso, aceleramos radicalmente processos de onboarding, análise e monitoramento de fornecedores, possibilitando o uso de dados e insights compartilhados entre as maiores corporações do nosso país.

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