Gestão de riscos

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Entenda o que é estrutura analítica dos riscos e como aplicá-la na empresa em apenas 4 passos

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

19 de maio de 2021

19 de maio de 2021

19 de maio de 2021

Imagine uma mulher, que acabou de descobrir que está grávida. Como a gravidez não foi planejada, ela começa a se preocupar com tudo que pode dar errado, desde a alimentação com pouco nutrientes e a dificuldade de encontrar um bom médico até a falta de dinheiro para comprar todos os móveis e apetrechos .

Após o momento de pânico, ela se senta e escreve uma lista de todos os possíveis problemas aos quais ela se deparará durante a gravidez em diferentes categorias. 

Ela percebe que a falta de espaço no seu apartamento é um dos mais urgentes e então cria uma lista com todos os problemas no seu lar que devem ser resolvidos para ter um espaço com mais conforto para a família.

Pode não parecer, mas essa mulher acabou de criar uma estrutura analítica dos riscos. Esse processo, que pode ser implementado de diversas maneiras (como você pôde perceber no exemplo), tem como principal benefício a possibilidade de agir com clareza e assertividade nos perigos que rodeiam um projeto, equipe ou organização. 

Quer entender como criar uma estrutura para ajudar a sua empresa? Continue a leitura.

Estrutura analítica dos riscos: o conceito

Também conhecida como risk breakdown structure (RBS), a estrutura analítica de riscos é uma decomposição hierárquica dos riscos em diferentes áreas da empresa.

Nesse processo, os riscos são organizados em categorias e então divididos em níveis, onde cada nível representa uma definição mais detalhada dos fatores de riscos do projeto, área e/ou organização.

Na imagem acima, do UVAGP, vemos o exemplo de estrutura analítica dos riscos de um projeto, onde as quatro principais categorias - técnicos, externos, organizacionais e gerenciamento do projeto - ganharam subcategorias de riscos que podem impactar o planejamento da equipe.

Com essa organização também é possível entender melhor quais áreas do projeto precisam de mais atenção, permitindo a visualização de riscos recorrentes e concentrações de riscos.

Quais são os benefícios da estrutura analítica dos riscos?

De acordo com David Hillson, especialista na área de gerenciamento de riscos, os principais benefícios dessa estrutura são:

  • Entender o tamanho da exposição aos riscos;

  • Descobrir as áreas que oferecem os maiores riscos à empresa;

  • Revelar correlação entre riscos;

  • Criar planos de mitigação de riscos direcionados à cada área ou perigo específico;

  • Indicar as causas dos riscos.


Como aplicar a estrutura analítica dos riscos na minha empresa?

Como você pôde notar pelo exemplo de estrutura, a ferramenta é relativamente fácil de ser adotada nas empresas.

Vamos imaginar que uma empresa de maquiagens decide criar um e-commerce próprio para vender seus produtos. A equipe que comandará esse novo projeto realizará os seguintes passos para adotar a estrutura analítica dos riscos:

1. Identificar as principais categorias de riscos do projeto

Quais são as áreas envolvidas no projeto que podem trazer algum risco? Todos os processos devem ser analisados por toda a equipe para verificar a possibilidade de algum perigo. 

É válido dizer que essa ferramenta pode ser combinada com outras técnicas de identificação de riscos, como a matriz de probabilidade e impacto e a matriz Kraljic

Nesse caso, a equipe avaliou que a plataforma em que a loja online será montada, o atendimento ao cliente e os fornecedores dos produtos são as áreas de risco.


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2. Decompor os riscos dentro de cada categoria

Agora que as áreas que podem apresentar alguma ameaça foram listadas, a equipe deve buscar responder perguntas como:

  • Por que essa área foi listada na estrutura analítica de riscos?

  • Quais são os possíveis riscos dessa área?

  • Eles estão relacionados a alguma outra área?

Com essas perguntas, será possível decompor os riscos dentro de cada categoria principal e quais são as categorias que precisam ganhar mais atenção da equipe.

No exemplo que citamos, a equipe descobriu que a área de fornecimento dos produtos é a que acumula o maior número de alertas vermelhos, pois ela já acumula problemas de atrasos de entregas e produtos com defeitos.

3. Alertar as equipes responsáveis por mitigar os riscos

Já que a estrutura tem um apelo visual, as suas informações são facilmente compreendidas e podem ser distribuídas para diferentes colaboradores e gestores para que todos fiquem cientes da situação atual do projeto.

Como os fornecedores chamaram a atenção da equipe responsável pelo projeto da empresa de cosméticos, a área de Procurement foi uma das primeiras a receber a estrutura e se reunir com a equipe do projeto.

4. Iniciar a mitigação dos riscos

Mais que apenas alertar os colaboradores e/ou equipes necessárias, a estrutura analítica dos riscos se transformará em um mapa para que os riscos comecem a ser mitigados o quanto antes.

Para a empresa de cosméticos, o exemplo dessa estrutura foi o que a levou a mudar os processos de homologação de fornecedores. A fim de embarcar mais agilidade e segurança nos relacionamentos com os parceiros, a empresa adotou o software da Linkana.

Com essa ferramenta inteligente, que não só realiza a qualificação de fornecedores como também combate os riscos de parceiros inadequados e a burocracia presente no mercado, encontrar os melhores fornecedores e separá-los daqueles que apresentam incongruências fica muito mais assertivo.

Em conclusão

Para que uma gestão de riscos seja efetiva, é essencial que ela tenha uma compreensão abrangente de todos os perigos que podem afetar um projeto, uma área ou a organização como um todo.

Por isso, ferramentas como a estrutura analítica dos riscos ganham cada vez mais espaço nas empresas que buscam ter insights mais profundos do seu negócio e das ameaças que colocam em risco o futuro da organização.

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