ESG

Entenda a importância da governança ESG para a sua empresa

Written byLeo Cavalcanti

Written byLeo Cavalcanti

Written byLeo Cavalcanti

June 10, 2024

June 10, 2024

June 10, 2024

A governança ESG consiste na adoção de boas práticas que conduzem uma empresa para o atendimento efetivo de políticas corporativas, tais como as voltadas para ações anticorrupção, implementação de código de conduta, entre outros fatores relacionados.

Parte de um dos três pilares dos indicadores ESG — que também olham para os fatores ambientais e sociais das organizações — a governança corporativa é a mais comumente encontrada nas companhias por ser a responsável por garantir a transparência e as políticas de combate aos comportamentos ilegais e ilícitos. 

Aqui, vale destacar que a transparência em relatórios obrigatórios, inclusive, ajuda as empresas a amadurecer seu posicionamento no mercado e a definir práticas mais assertivas, além de favorecer a aprendizagem contínua.

Entretanto, para chegar a resultados como esses, é fundamental entender de forma completa o que é governança em ESG, qual a importância desse pilar para um negócio, e quais princípios o norteiam.

Esses, e outros pontos sobre o tema, serão esclarecidos agora, neste artigo. Por isso, siga a leitura e confira!

O que é a governança ESG?

Governança ESG pode ser definida como a adoção de princípios e processos de gestão corporativa que garantem a uma empresa o cumprimento de leis e normas durante a realização de todas as suas atividades. 

Dessa forma, cabe à governança corporativa, dentro do conceito ESG, gerar à companhia a garantia de transparência nos seus processos, de modo que isso também ajude a elevar o nível de confiança de todos os envolvidos no seu sistema, tais como clientes, investidores, funcionários e fornecedores.

Até recentemente, a maioria das grandes empresas operava seguindo a “doutrina Friedman”, na qual seu principal propósito era a geração de lucros para os acionistas.

Apesar de esse modelo de negócio ter seus benefícios claros, a visão focada apenas no dinheiro foi superada e, agora, a “tendência” é o investimento em modelos de negócio verdadeiramente sustentáveis, como os que optam por práticas ESG.

“Elas [as empresas] existem para resolver problemas de maneira viável e lucrativa, e não para ganhar dinheiro criando problemas”, afirmou Colin Meyer, professor de estudos de gestão na Saïd Business School, da Universidade de Oxford, durante o painel “Tendências Globais em Governança Corporativa” do 21º Congresso IBGC.

Segundo o professor, o pensamento de que as empresas devem lucrar a qualquer custo é, inclusive, um dos fatores desencadeadores da crise que o capitalismo atravessa.

O conceito ESG

Como uma das maneiras de resolver essa questão, surge o conceito ESG e seus indicadores, que contemplam:

  • Environmental (Ambiente): analisa a atuação da empresa em relação aos problemas ambientais e de qualidade de negócio;

  • Social: esse ponto aborda os direitos humanos, desde ações de saúde e segurança dos colaboradores à preocupação com os clientes e com a comunidade;

  • Governance (Governança empresarial): qual é a política empresarial de uma organização? Esse é apenas um dos pontos no escopo de governança dos indicadores ESG. Outros exemplos dessa sigla são os direitos dos acionistas, ética, transparência e políticas de combate à corrupção.

Exemplos de governança ESG

Os exemplos de governança ESG abaixo servem como uma forma de tornar o entendimento sobre esse conceito mais simples, e são:

  • definição de um código de conduta a ser seguido por todos os profissionais da companhia, independentemente do cargo, função ou nível hierárquico;

  • criação de um canal de denúncias, o qual pode ser usado por qualquer agente que tenha relacionamento com a empresa, a fim de receber informe de comportamentos considerados ilícitos, ilegais, antiéticos, entre outros;

  • formação de um conselho para apuração das denúncias recebidas e aplicação das penalidades definidas anteriormente no código de conduta;

  • prestação de contas clara e periódica a investidores e público-alvo, como meio de garantir a transparência das atividades da companhia. 

Qual a importância da governança ESG nas organizações?

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBGC, a governança é um recurso que traduz os princípios e valores de uma organização em ações que possuem um impacto positivo na gestão da empresa. 

Com isso, os princípios da governança corporativa também ajudam a alinhar os interesses e objetivos dos stakeholders para tornar menos turbulenta as relações internas e externas da organização.

Com esse investimento, é possível obter benefícios da governança ESG como:

  • aumento da credibilidade perante aos envolvidos com o negócio;

  • mais eficiência nos processos internos;

  • descentralização da gestão;

  • reputação corporativa mais consolidada;

  • redução nas falhas e possibilidades de fraudes;

  • possibilidade de acesso a recursos financeiros e investimentos sustentáveis;

  • mitigação de riscos operacionais e financeiros;

  • crescimento da eficiência operacional;

  • fomento à inovação;

  • ganho de sustentabilidade em longo prazo;

  • relação mais próxima com investidores, com mais possibilidade de investimentos.

As vantagens são tantas que a governança corporativa ganhou tanto destaque recentemente que sua importância foi discutida até mesmo em um TED Talk, que você pode conferir a seguir:

Como a governança impacta o ESG?

A governança impacta o ESG porque é a base para que as outras ações desse pilar sejam realizadas com transparência, ética, e de acordo com leis e normas gerais e para o ramo de atuação do negócio. 

Isso porque, cabe a essa prática garantir o equilíbrio entre a forma de atuação da empresa, sua postura, ações e condutas durante a jornada de busca pelos objetivos definidos.

Por isso, é certo dizer que a governança ESG é a responsável por estruturar a gestão de uma companhia que tem como base de funcionamento o conceito “environmental, social and corporate governance”. 

É seu papel definir e monitorar o trabalho realizado, se atentar a atividades ilícitas, a exemplo de casos de corrupção, vazamento de dados, desvio de dinheiro, entre outros.

Por meio do pilar governança, evita-se também descumprimento de leis ambientais, discriminação, situações preconceituosas, e outros comportamentos que afetam negativamente os pontos socioambientais do conceito ESG.

Sugestão de leitura: "Sustentabilidade na cadeia de fornecedores (ESG): Por que investir?"

Quais princípios de governança ESG minha empresa precisa adotar?

Para que a sua empresa consiga colher benefícios da governança ESG, como os citados acima, há quatro pilares que deverão ser adotados pela gestão, que são:

  1. prestação de contas;

  2. transparência;

  3. equidade;

  4. responsabilidade corporativa.

Veja, a seguir, detalhes de cada um

1. Prestação de contas

“Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.”

A definição, feita pelo IBGC, já esclarece muitos pontos sobre esse pilar, não é mesmo? Então, vamos nos aprofundar um pouco mais nessa reflexão.

A prestação de contas é um importante pilar para empresas que esperam aumentar a confiança corporativa e ter parcerias positivas, seja com as equipes ou com parceiros externos.

Afinal, quanto mais informações são disponibilizadas sobre um assunto, maior a confiança entre as partes e menos os riscos de haver hostilidade e acusações que possam denegrir a reputação da organização.

2. Transparência

A transparência é essencial em todas as nossas relações interpessoais, inclusive entre a empresa e seus acionistas.

Segundo o IBGC, a transparência “consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos”. 

3. Equidade

Uma relação de equidade entre a empresa e seus acionistas oferece uma maior garantia de que nenhuma das partes terá privilégios ou realizará ações discriminatórias. Para reforçar esse princípio, vamos olhar para a definição do IBGC.

De acordo com o Instituto, a equidade “caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.”

4. Responsabilidade corporativa

Apesar deste ser o último pilar da lista, sua importância não deve ser menosprezada. 

Esse princípio, que tem como objetivo refletir sobre a imagem da empresa, leva a organização a olhar para os colaboradores, os cuidados com o meio ambiente, o respeito à comunidade em que a empresa está inserida e outros pontos similares.

Para o IBGC, a responsabilidade corporativa é vista como “zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.”

Modernize your supplier management today

Fill out the form below and discover the most complete and integrated SRM platform in Brazil.

Como implementar a governança ESG em um negócio?

Para implementar a governança ESG em uma empresa, os passos mais indicados a serem seguidos são:

  1. entenda o que são e como funcionam os princípios ESG;

  2. realize um diagnóstico do seu negócio;

  3. defina metas;

  4. monte a estrutura de governança;

  5. integre o conceito ESG em toda a companhia;

  6. mensure os resultados;

  7. ajude os planos de ação sempre que necessário.

Confira, agora, detalhes de cada uma dessas etapas.

1. Entenda o que são e como funcionam os princípios ESG

O entendimento dos princípios ESG consiste em se aprofundar no que os conceitos ambiental, social e de governança sugerem que as empresas façam.

Por exemplo, a parte ambiental chama a atenção para medidas como logística sustentável, gestão de resíduos sólidos, entre outras. Já a parte social, tem como foco a garantia dos direitos humanos, garantia de atendimento à LGPD, e demais práticas relacionadas.

Como o objetivo aqui é implementar a governança ESG, é preciso conhecer melhor as atividades que compõem os outros pilares para garantir que tudo seja realizado de maneira ética e transparente.

2. Realize um diagnóstico do seu negócio

O passo seguinte consiste em identificar o que a empresa já faz dentro do parâmetro de governança e comparar com o que esse conceito espera que seja feito.

Para isso, deve-se levantar quais atividades já seguem essa diretriz e os pontos fortes e fracos de cada uma. Dessa forma, fica mais fácil e preciso identificar boas oportunidades de melhoria.

3. Defina metas

Por quais motivos a governança está sendo implementada? O que se espera alcançar com esse pilar ESG?

Ter essas respostas ajuda a direcionar a estratégia que está sendo adotada e a atingir bons resultados.

Porém, é essencial estabelecer metas e objetivos possíveis de serem alcançados, os quais devem ser alinhados com o porte e modelo de negócio. 

Não ser realista com o que pode ser obtido tende a gerar frustração entre os envolvidos no processo e comprometer a implementação da governança ESG na companhia.

4. Monte a estrutura de governança

A estrutura de governança pode ser formada por um comitê e por uma equipe ESG. 

O comitê deve ser composto, preferencialmente, por membros da alta liderança da companhia, pois cabe a eles supervisionar todo o processo de implementação e os resultados dessa prática.

A equipe consiste nos profissionais responsáveis pela execução dos planos de ação, e deve ser formado por representantes de todos os departamentos.

5. Integre o conceito ESG em toda a companhia

E por falar nos departamentos da empresa, é essencial que o conceito ESG faça parte da cultura da empresa. Afinal, de nada adianta definir e implementar boas práticas se os funcionários não seguirem as diretrizes.

No dia a dia, são eles que realizam tarefas que podem fugir às regras de governança e, com isso, colocar a reputação do negócio em risco.

Para evitar transtornos, é importante fornecer treinamentos que esclarecem o que é ESG, a importância e qual é o papel de cada um para cumprimento desses pilares.

6. Mensure os resultados

Os resultados da implementação da governança ESG podem ser mensurados por meio de indicadores. 

Um bom exemplo é o IGC-T (Índice de Governança Corporativa Trade), que aponta o desempenho médio da cotação de ações de organizações que fazem parte desse índice. Esse indicador revela critérios como distribuição e valorização de dividendos.

Inclusive, temos um artigo que aborda esse tema mais detalhadamente. Não deixe de ler! "Indicadores de ESG: o que são e por que são importantes?"

7. Ajude os planos de ação sempre que necessário

Leis e normas mudam constantemente, assim como a expectativa dos stakeholders de um negócio. Por isso, é essencial rever os planos e ações voltados para governança ESG periodicamente. 

Dessa forma, evita-se que a empresa deixe de atentar a alguma regra ou legislação por desconhecimento, ao mesmo tempo em que a mantém atualizada e de acordo com o esperado por sócios, clientes, investidores, fornecedores e outros agentes que a compõem.

Quais ações tomar para ter uma melhor governança em ESG na minha organização?

Alguns pontos práticos para ter uma maior governança em ESG na organização são:

  • adoção de um sistema de compliance para tomar um maior cuidado com a saúde fiscal e financeira da empresa, além de mostrar a luta contra a corrupção e os subornos;

  • investimentos no treinamento de lideranças;

  • maior transparência com os stakeholders;

  • criação de um conselho de administração independente diverso.

Além disso, é essencial garantir que os seus parceiros também tenham esse olhar voltado para a governança. Afinal, quando um contrato é feito com um fornecedor, ele se torna uma extensão do contratante.

Por isso, é imprescindível uma verificação no formato de trabalho e nos princípios desse possível parceiro, a fim de garantir que o seu negócio não seja prejudicado.

Para ajudar a sua empresa com a gestão de riscos de fornecedores e otimizar sua governança em ESG, existem softwares como o da Linkana

Por meio de robôs de RPA e Machine Learning, a solução da Linkana automatiza todo o processo de homologação e de gestão de fornecedores, mitigando riscos operacionais e reputacionais de maneira simples e eficiente, agregando segurança e eficiência à sua gestão.

O que a Linkana oferece para a sua empresa?

A Linkana é o SRM do futuro! Economize tempo na homologação de fornecedores automatizando e integrando aprovações de maneira simples e rápida.

Portais e sistemas legados de fornecedores tornam as suas decisões em compras ineficientes e inseguras. 

Substitua cadastros e dados obsoletos e conheça a solução moderna de SRM que está definido o novo padrão de qualidade para softwares de procurement.

Veja este vídeo, com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana, o que é um SRM e como funciona essa ferramenta.

Quais são os diferenciais da Linkana?

Nossa solução se destaca das outras disponíveis no mercado, pois é:

  • MODERNA → Utilize uma ferramenta de qualidade e que realmente funciona. A Linkana foi feita para seus fornecedores e gestores, com automações em todo o processo e uma experiência de usuário incomparável com a que você vê em nossos concorrentes.

  • SIMPLES → Configure e atualize sua política de homologação e cadastro de maneira flexível e prática, utilizando informações e fluxos de aprovações de acordo com as melhores práticas de mercado.

  • INTEGRADA →  Possuímos conectores para fontes internas e serviços externos, além de integrarmos com o ERP ou S2P para que as informações estejam sempre disponíveis em tempo real para seus compradores e requisitantes.

  • NACIONAL →  Oferecemos nativamente e de maneira gratuita uma série de consultas automáticas a bases públicas, listas restritivas e certidões relativas às informações mais exigidas em processos de cadastro e homologação em empresas no Brasil.

Nosso sistema já é utilizado pelos maiores compradores do Brasil, como Raízen, BASF, Nivea, Johnson & Johnson, Suzano, Nubank, XP e Mondelez.

Faça como eles! Solicite agora mesmo uma demonstração e conheça a plataforma de cadastro e homologação mais simples e moderna que você já viu. 

GET TO KNOW LINKANA

We are loved by all buyers of the future

Discover the stories of the corporations that are already reducing costs and risks with the best SRM in Brazil.

READ MORE CONTENTS

Discover more news and trends in the procurement market