Gestão de riscos

Plano de contingência na cadeia de suprimentos: como criar?

Written byLeo Cavalcanti

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January 1, 2025

January 1, 2025

January 1, 2025

Um plano de contingência na cadeia de suprimentos é um documento que registra todas as ações, medidas e boas práticas que ajudam a proteger uma empresa e evitar, ou ao menos amenizar, os impactos ocasionados por situações imprevistas que afetam seu fluxo de abastecimento.

Aqui, é essencial destacarmos que nenhum negócio está 100% protegido de problemas. Por mais que os gestores criem bons planejamentos, sempre haverá um cenário inesperado que pegará a equipe de compras de surpresa e poderá causar prejuízos à instituição — por vezes, irreversíveis.

Eventos climáticos, mudanças legislativas que impedem as vendas, fechamento do único fornecedor de uma matéria-prima específica, e até mesmo a pandemia de 2020, que fechou definitivamente inúmeros negócios, são exemplos de situações que refletem na supply chain.

Como você sabe, a sua empresa também não está imune a questões como essas. E se considerarmos que a maioria é impossível de evitar, o melhor a fazer é construir uma gestão de crises eficiente, o que inclui a definição de um plano de contingência na cadeia de suprimentos.

Não sabe como fazer essa preparação para emergências? Então, siga a leitura e confira todas as etapas neste guia completo que preparamos para você! 

O que é um plano de contingência?

Um plano de contingência é um conjunto de processos, atividades, práticas, ações e medidas previamente definidos para os gestores e seus times adotarem em situações emergenciais e inesperadas. Um dos principais objetivos é minimizar prejuízos e consequências negativas para a empresa frente a esses problemas.

Os processos são a base de qualquer operação empresarial. Também são essenciais para resolver falhas que podem travar todo o negócio, ao mesmo tempo em que mantêm o máximo possível a normalidade no trabalho.

Vamos supor, por exemplo, que um dos seus fornecedores entrou em uma lista suja do trabalho escravo e sua empresa foi divulgada como um dos clientes desse terceiro. Você sabe quais passos seguir para resolver esse problema reputacional? 

É justamente para momentos como esses que serve um plano de contingência: para mostrar o que fazer nessas ocasiões, ou até mesmo perante crises internas — por exemplo, executar estratégias de mitigação de riscos gerados por fornecedores

Para o canal E-Commerce na Prática, o plano de contingência é uma necessidade para você não deixar seu negócio parar. Assista ao vídeo abaixo e entenda melhor. 

Como um plano de contingência ajuda as empresas? 2 cases de sucesso!

Entendeu o que é o plano de contingência, mas ainda não acredita que trará grandes benefícios para sua companhia? Além dos pontos que levantamos acima, com esse planejamento, você consegue:

  • minimizar as perdas durante um imprevisto;

  • enxergar de maneira micro os riscos corporativos;

  • ter uma bússola para guiar o comportamento das equipes em situações inesperadas;

  • implantar uma mentalidade de preservação, na qual os colaboradores esperam o melhor, mas estão sempre preparados para o pior.

Para ficar ainda mais clara a importância de ter um bom plano de continuidade de negócios perante imprevistos, veja estes cases de sucesso.

Toyota

Após um grave terremoto no Japão em 2011, a Toyota teve a sua produção seriamente afetada, com a interrupção de operações e impactos significativos na cadeia de suprimentos. 

Para não passar pelo mesmo problema, gestores e a alta direção definiram e implementaram um BCM — Business Continuity Management, ou Gestão de Continuidade de Negócios, em português.

Uma das práticas definidas foi o sistema RESCUE, um banco de dados que rastreia e gerencia inúmeros itens da cadeia de suprimentos. A solução mostra para os profissionais os pontos mais críticos do abastecimento e dá a eles a chance de tomar decisões melhores.

Assim, quando a Toyota enfrentou um novo terremoto em 2016, o reflexo foi menor, pois a empresa estava devidamente preparada.

FedEx

A FedEx, empresa de logística e remessa expressa, foi seriamente afetada pelo atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. Na ocasião, adotaram como plano de continuidade de negócio métodos alternativos de transporte, como os rodoviários, já que as autoridades suspenderam o tráfego aéreo.

A companhia se respaldou na metodologia QDM, Quality Driven Management ou Gestão Orientada à Qualidade para se restabelecer e amenizar os efeitos da situação. 

Além dessa abordagem, a FedEx trabalha de forma proativa para estabelecer planos de contingência e, assim, retomar as atividades o mais breve possível, com o menor impacto e sem comprometer a segurança dos colaboradores perante a outros cenários, como fez na época da Covid-19

O que é um plano de contingência na cadeia de suprimentos? 

Um plano de contingência na cadeia de suprimentos consiste em um planejamento detalhado, voltado para a continuidade do negócio após se deparar com situações imprevistas que afetaram diretamente o seu fluxo de abastecimento de matéria-prima, insumos ou contratação de serviços.

O objetivo é contornar o problema no menor tempo e da melhor forma possível, além de encontrar meios de mitigar os reflexos negativos.

Por esse motivo, o plano de contingência na cadeia de suprimentos precisa fazer parte de qualquer negócio, independentemente do porte ou segmento. Afinal, problemas no abastecimento refletem diretamente no funcionamento da empresa e podem interromper as atividades por completo.

Entretanto, para alcançar a eficácia esperada, o ideal é esse planejamento convergir com outros da companhia, como o plano de continuidade de negócios, gestão de crises de outras áreas e estratégias de recuperação de desastres. 

Por que integrar com outros planos corporativos?

Ao integrar o plano de contingência da cadeia de suprimentos com o de outros setores da companhia, os gestores e profissionais de compras e procurement têm uma visão amplificada de como a empresa se prepara para possíveis cenários.

Além de servir como inspiração para criar as próprias estratégias de mitigação de riscos, essa integração ajuda a entender como e quanto uma gestão eficiente da rede de abastecimento contribui para o restabelecimento da companhia.

Inclusive, se você pensar na área de compras como um dos pilares de crescimento e sucesso de um negócio, fica mais fácil entender o que acabamos de dizer.

Então, imagine que a sua empresa enfrentou um significativo alagamento, decorrente de chuvas fortes, que comprometeu estoque, equipamentos eletrônicos como computadores e maquinários. 

Perante a situação inesperada, as áreas diretamente afetadas executam seus planos de continuidade de negócios.

O setor de compras e procurement pode ajudar com a identificação dos fornecedores com o melhor custo-benefício para repor os itens que a água afetou (e amenizar o impacto financeiro) e os que entregam em menos tempo (o que contribui para o retorno rápido das atividades).

Porém, para ajudar dessa forma, é essencial ter um cadastro com fornecedores devidamente qualificados para acionar tão logo for necessário.

Neste caso, usar um bom software de SRM faz toda a diferença. Entenda o que a ferramenta faz neste vídeo com Leo Cavalcanti, CEO e cofundador da Linkana.

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Como criar um plano de contingência na cadeia de suprimentos? 

Para criar um plano de contingência na cadeia de suprimentos, siga um passo a passo como este:

  1. monte um comitê de gestão de crise;

  2. analise os riscos e os impactos na empresa;

  3. determine as prioridades e planeje as estratégias;

  4. escreva o guia do plano de contingência;

  5. realize testes e revisões.

Confira os detalhes.

1. Monte um comitê de gestão de crise

O comitê de crises é uma equipe multidisciplinar, isto é, deve ter tanto representantes de compras e procurement quanto de áreas diretamente relacionadas, a exemplo de profissionais do departamento jurídico e financeiro. 

Essa mescla de profissionais ajudará na obtenção de uma visão macro e micro das possibilidades de riscos e quais podem ser as suas soluções.

Além disso, ao contar com pessoas de diferentes áreas, você conseguirá a contribuição de experiências e conhecimentos reais vividos por cada uma. 

Assim, ao montar o comitê de gestão de crises para a cadeia de suprimentos, reúna os profissionais e lhes dê a oportunidade de falar. Já para você, significa escutar atentamente e fazer perguntas que agregarão à discussão.

Se consideramos nosso exemplo de equipe multidisciplinar, os representantes da área jurídica contribuem com a expertise legal e garantem a definição de um plano de contingência conforme os parâmetros de compliance. 

Já o financeiro aponta limites orçamentários e práticas que ajudam a empresa a economizar em situações inesperadas.

2. Analise os riscos e os impactos na sua empresa

Com o seu comitê montado, chegou o momento de realizar a análise de riscos, que precisa listar detalhadamente os possíveis perigos — sejam de causas naturais, técnicas ou humanas — e os impactos que cada um pode causar no negócio em curto, médio e longo prazo.

Também é válido observar os processos operacionais dos setores, e não apenas de compras e procurement. 

Dessa forma, você avalia quanto as ameaças que as outras áreas sofrem podem afetar a sua em situações emergenciais, assim como comentamos no exemplo do alagamento.

Existem várias ferramentas que facilitam a análise de risco empresarial, como:

  • SWOT: sigla para os termos em inglês strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). Avaliar esses critérios ajuda na preparação para emergências e para tomar decisões mais precisas;

  • matriz de probabilidade e impacto: classifica potenciais riscos, as chances de se tornarem reais e os possíveis reflexos negativos. Também ajuda a priorizar cada situação e dar atenção às mais críticas;

  • matriz de Kraljic: divide o processo de compra em quatro categorias (itens não críticos, de alavancagem, de gargalo e estratégicos) e auxilia na identificação do grau de risco de cada uma.

Sobre esse tema, não deixe de ler: “Matriz de Gestão de Risco: conceito, importância e dicas de aplicação

3. Determine as prioridades e planeje as estratégias

Certamente, você quer que esse plano de contingência ajude a empresa a seguir em funcionamento, sem gerar outros problemas, durante o período de recuperação, não é mesmo? 

Porém, saiba que, infelizmente, são raros os casos em que esse cenário acontece. Por esse motivo, é importante você determinar quais são os setores e processos que merecem prioridade.

Em uma queda de energia causada por uma tempestade na cidade, a prioridade são os servidores ou as televisões institucionais? Os computadores ou os ares-condicionados? É possível criar um método de vendas manuais nessas circunstâncias?

Essa etapa é a mais importante no processo de criação de um plano de contingência, já que essas estratégias ajudam a empresa a se recuperar mais rapidamente e ter um plano para mitigar riscos relacionados à causa principal.

4. Escreva o guia do plano de contingência

Após levantar todos os riscos e suas estratégias de contenção, é necessário condensar as informações em um único documento escrito de modo claro e conciso, com todos os cenários e suas soluções imediatas, em médio e longo prazo.

Fluxogramas, checklists e até mesmo infográficos ajudam a tornar o guia mais simples de se entender e aplicado. Não se esqueça também de manter o seu plano sempre disponível, e de fácil acesso, para que todo esse trabalho não seja em vão.

5. Realize testes e revisões

Usar o plano de contingência na cadeia de suprimentos apenas em um momento de necessidade pode invalidar todo o processo e planejamento que seu comitê fez. 

Tão importante quanto simulações de brigadas de incêndio está o teste das estratégias incluídas neste documento.

Portanto, simule diversas situações. Por exemplo, o que exatamente o time de compras deve fazer se o fornecedor de uma matéria-prima exclusiva não conseguir entregar o pedido no prazo acordado por um evento natural, como enchente ou tempestade?

Pense nos mais diferentes problemas e, com sua equipe, coloque as estratégias de mitigação de riscos em prática como se o evento fosse real.

Desse modo, se após os testes algum cenário não for resolvido com base no plano, você e o comitê têm a chance de alterar e testar novamente até chegarem aos resultados esperados. 

Dica de leitura: “O que é risco fiscal nas empresas e 3 práticas para começar a evitá-lo hoje

Como melhorar o seu plano de contingência na cadeia de suprimentos? 

Além do passo a passo anterior, estas dicas ajudarão você a melhorar o plano de contingência na cadeia de suprimentos da sua empresa. Confira!

  1. defina uma estratégia de comunicação;

  2. envolva as partes interessadas;

  3. realize simulações e treinamentos;

  4. atualize periodicamente seu plano de contingência;

  5. use KPIs para avaliar a eficácia.

1. Defina uma estratégia de comunicação

De nada adianta criar um plano robusto, completo e devidamente testado e deixá-la na gaveta ou no seu computador. Essa estratégia só terá resultados se seu time o conhecer profundamente.

Então, após ter o documento finalizado, escolha os canais de comunicação para divulgá-lo. Considere os meios mais fáceis, acessíveis e alinhados com o perfil do seu negócio e das pessoas interessadas, como gestores e alta direção. 

Divulgue o plano tão logo esteja pronto e sempre que houver algum ajuste ou adequação

E não se esqueça de adotar medidas para garantir a leitura, a exemplo da exigência de resposta por e-mail com um “de acordo” ou “ciente”, ou mesmo sistemas de assinatura eletrônica.

2. Envolva as partes interessadas

Além dos membros do comitê de crise, envolva outros stakeholders na criação, revisão e teste do plano, como demais funcionárias da área de compras e procurement, fornecedores e até clientes.

Ao convocá-los, você tem a chance de obter outros pontos de vista e ideias de como resolver uma mesma questão de formas diferentes, muitas até mais eficientes e baratas.

3. Realize simulações e treinamentos

Como comentamos, é fundamental realizar simulações das tratativas definidas para cada situação. Porém, é preciso também treinar todos os profissionais da área de compras e dos departamentos relacionados.

Dessa forma, você garante que saibam exatamente o que fazer, e não deixa essa responsabilidade apenas àqueles que participaram ativamente da elaboração do documento.

4. Atualize periodicamente seu plano de contingência

O plano de contingência da cadeia de suprimentos precisa de revisões constantes. O período ideal depende de diversos fatores, mas, principalmente, do grau de risco da sua rede de abastecimento.

Considere ainda mudanças de mercado, situações econômicas e tendências para definir quando revisar o documento, e perante transformações iminentes, não espere o prazo estipulado para atualizar seu plano. Faça quanto antes!

5. Use KPIs avaliar a eficácia

Por fim, defina indicadores para mensurar a eficiência do seu plano. Os resultados ajudarão a monitorar o sucesso da estratégia e encontrar oportunidades de ajustes. 

Estes são alguns exemplos de KPIs que podem ajudar você nessa avaliação:

  • tempo de recuperação;

  • custo de recuperação;

  • nível de estoque de segurança;

  • número de fornecedores alternativos ativados;

  • taxa de quebras de estoque;

  • impacto financeiro.

Aproveite e leia também: “KPI de compras: 12 indicadores essenciais para acompanhar

Checklist de verificação final!

Seu plano de contingência na cadeia de suprimentos está pronto? Para atingir a máxima eficiência e, assim, garantir uma estratégia de mitigação de riscos eficiente, é fundamental rever cada ponto.

Assim, ao finalizar, submeta seu planejamento a este checklist:

  • comitê de gestão de crises formado por profissionais da área de compras e procurement e outras relacionadas;

  • análise de risco empresarial que contempla visão macro e micro da companhia;

  • definição de prioridades, a partir da identificação das situações de mais impacto;

  • execução de testes e simulados com os devidos ajustes conforme o reconhecimento de falhas e pontos de melhorias;

  • documento com o registro da versão oficial plano de contingência, redigido em linguagem clara, acessível e de fácil entendimento;

  • estratégia de comunicação condizente com o perfil do negócio e dos stakeholders;

  • estabelecimento de periodicidade para atualização das diretrizes e definições, bem como a escolha dos responsáveis;

  • mensuração da eficácia do plano de contingência na cadeia de suprimentos por meio de KPIs relacionados a essa atividade.

Por fim, tenha em mente que mesmo com diversas estratégias de mitigação de riscos, criação de um plano de continuidade de negócios robusto, e preparação para emergência constante, não tem como garantir que sua empresa esteja totalmente protegida.

Essas práticas ajudam a minimizar os impactos frente a situações inesperadas, e aquelas que não há como conter. Assim, seu negócio se restabelece de maneira mais rápida e com menos prejuízos, o que já não acontece quanto é “pego de surpresa” e sem nenhum plano de ação.

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