Governança

Modelos de governança corporativa: quais usar? 5 opções

Written byLeo Cavalcanti

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January 7, 2025

January 7, 2025

January 7, 2025

Os modelos de governança corporativa são estruturas, diretrizes e conjuntos de práticas que apontam como os gestores devem administrar a empresa. Essas ações têm como foco garantir o atingimento dos objetivos da companhia de forma ética, transparente, eficiente e segura para seus stakeholders.

Existem diferentes tipos de governança corporativa porque cada negócio tem suas necessidades e desafios. Fatores como porte, ambiente regulatório, exigências de mercado e cultura organizacional, por exemplo, influenciam essa definição.

Porém, independentemente das variações, tenha em mente que o principal propósito é estabelecer regras e processos que assegurem a idoneidade do negócio. 

Assim, além de aprimorar a gestão de risco, os modelos de governança corporativa geram benefícios como melhora da reputação da marca, aumento da sua valorização no mercado, garantia de conformidade legal e regulatória e atração de investimentos.

Siga a leitura para conhecer os cinco principais tipos e, desse modo, facilitar a escolha de qual implementar na sua empresa. 

O que é governança corporativa?

A governança corporativa é um sistema que reúne leis, processos, práticas, regras, hábitos e diretrizes que, juntos, apontam como se deve dirigir uma empresa. Essa dinâmica inclui o papel dos gestores, administradores, acionistas e conselho e a importância de garantirem uma gestão transparente, ética e em conformidade.

Inclusive, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBGC, esse conceito também contempla estruturas e processos que balizam como dirigir e monitorar uma companhia.

Com quatro princípios — transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa — a governança corporativa tem o poder de impactar desde políticas e costumes usados na empresa, até mesmo o relacionamento com fornecedores, clientes, bancos e a comunidade em geral.

Por esse motivo, é de extrema importância evitar falhas nesse contexto, ter uma boa relação com a rede de agentes e garantir que quem está ao lado do seu negócio tenha os mesmos interesses e objetivos para, assim, crescerem juntos.

No caso dos terceiros significa, por exemplo, estabelecer uma relação com fornecedores sustentáveis, responsáveis, confiáveis e que não prejudiquem a reputação da sua empresa. 

Por meio de plataformas como a Linkana, é possível evitar erros e fraudes na homologação de fornecedores ao realizar automaticamente consultas públicas e emissão de certidões corporativas. 

Somado a esse cuidado, o monitoramento de fornecedores e compliance permanente com o auxílio de robôs permite mitigar riscos e tornar o processo mais eficaz.

Dica! Veja como a Linkana mitigou riscos de fornecimento da empresa Amaggi.

Por que existem diferentes tipos de governança corporativa?

Existem diferentes tipos de governança corporativa porque cada modelo de negócio tem suas necessidades, desafios e gera expectativas distintas.

Alguns fatores que afetam esse conceito são:

  • estrutura da companhia: por exemplo, ser uma estatal, empresa de capital aberto ou mesmo familiar;

  • complexidade e tamanho: comumente, organizações de grande porte requerem modelos de governança corporativa mais robustos e complexos;

  • contextos culturais e legais: principalmente em multinacionais que lidam com regras e leis diferentes em cada país.

Quais os principais benefícios da governança corporativa?

Os benefícios da governança corporativa são amplos, afetam diversas áreas da empresa e vão além de somente melhorar sua saúde financeira.

Entre os mais significativos estão:

  • fortalecimento da cultura organizacional;

  • melhora da eficiência operacional;

  • garantia de compliance em todas as atividades;

  • alinhamento entre os interesses da companhia e seus stakeholders;

  • ganho de valorização no mercado;

  • crescimento em longo prazo;

  • adoção e expansão de práticas sustentáveis;

  • aumento do interesse de possíveis investidores;

  • aprimoramento da imagem e reputação da marca.

Todos esses pontos positivos são decorrentes de uma gestão de risco mais eficiente e de uma administração transparente, sólida e precisa, que coloca esses valores à frente das tomadas de decisão.

Aproveite e confira também este vídeo que fala sobre a importância da governança corporativa para as empresas:

Quais são os principais modelos de governança corporativa?

É possível definir os modelos de governança corporativa como diferentes conjuntos de processos que têm como objetivo implementar a cultura do negócio na rotina dos gestores e colaboradores a fim de melhorar a qualidade da gestão empresarial.

Estes são os cinco principais:

  1. modelo anglo-saxão (ou anglo-americano);

  2. modelo japonês;

  3. modelo alemão;

  4. modelo latino-americano;

  5. modelo latino-europeu.

Entenda cada um a seguir.

1. Modelo anglo-saxão (ou anglo-americano)

Este é um dos mais conhecidos e tem esse nome por ser utilizado em empresas no Reino Unido e nos Estados Unidos. 

Neste modelo de governança corporativa, busca-se uma separação entre a propriedade (acionistas) e a gestão (conselho e executivos). 

No caso, esta segunda parte atua de maneira independente e também como uma ponte entre o primeiro grupo e a administração executiva da companhia.

Assim como a “doutrina Friedman”, tem como principal objetivo gerar lucros para os acionistas a partir de regras éticas e legais.

As empresas que utilizam esse modelo de governança corporativa trabalham com o argumento principal de que os gestores não são experientes o suficiente para encontrar um equilíbrio entre os objetivos financeiros e sociais, enquanto os acionistas buscam maximizar a lucratividade, que beneficiará a companhia.

Portanto, os acionistas não participam das decisões diárias da companhia, mas fazem parte do conselho de administração para proteger o patrimônio dos minoritários. Isto é, as grandes decisões dependem de seus votos

E para conseguir funcionar com sucesso, esse tipo de governança corporativa pede uma comunicação de excelência entre acionistas (shareholders), administração (gestão) e conselho (board). 

2. Modelo japonês

Enquanto no modelo anglo-saxão os acionistas não se envolvem nas decisões diárias da organização, no sistema japonês eles fazem parte da rotina de trabalho. 

Por emergirem na vivência da empresa, são os tomadores de decisões do grupo e buscam potencializar o retorno para os que estão inclusos na organização, como consumidores, fornecedores, funcionários e governo.

Trata-se do sistema que mais se aproxima do modelo de governança brasileiro. Também comumente usado em empresas familiares, pois trabalha com uma característica única, a qual é denominada keiretsu — sistema, série, agrupamento de empresas, ordem de sucessão. 

Esse termo japonês representa um grupo de empresas, financeiras ou não, com interesses em comum.

Na maioria das vezes, esse modelo de governança corporativa tem um banco principal que fornece empréstimos e serviços financeiros como de consultoria, emissões de títulos e de ações. 

Já na possibilidade de os lucros da empresa caírem por um grande período, o banco e outros membros do keiretsu podem retirar gestores e indicar candidatos próprios para o conselho.

Para os gestores que acreditam que esse é o tipo de governança corporativa ideal, estas são as principais adaptações para implementarem:

  • olhar para os acionistas como gestores;

  • ter um conselho administrativo composto por stakeholders;

  • contar com bancos que detêm participações de longo prazo em companhias;

  • trabalhar com instituições financeiras e empresas afiliadas com grande participação acionária;

  • definir processos voltados para o apoio e a promoção do keiretsu.

3. Modelo alemão

Esse modelo tem alguns elementos similares ao sistema japonês, como as participações de longo prazo dos bancos nas empresas e a atuação de seus representantes nos conselhos administrativos.

Entretanto, nesse cenário, a representação dos bancos nos conselhos é constante, ao invés de apenas acontecer em situações de dificuldades financeiras. Já o conselho em si é diferente dos outros, por se desmembrar em dois grupos com membros separados.

Enquanto o conselho de gestão é chefiado pelo CEO e busca o consenso entre a diretoria executiva, o de administração é composto por acionistas e colaboradores da corporação e tem como função zelar pelas boas atitudes e pela legalidade das ações do grupo de gestão.

Por ter uma administração compartilhada entre a empresa e os acionistas, esse modelo oferece mais influência no mercado financeiro. Entretanto, o modelo anglo-saxão é mais forte para quem tem como foco o mercado de capitais.

Assim, os pontos de atenção para as organizações que instituem ou planejam instituir esse tipo de governança corporativa são:

  • criação de dois conselhos diferentes;

  • gestão aberta para diversos interesses;

  • representação constante dos bancos.

Sugestão de leitura para você: “Diferença entre governança e compliance: entenda os conceitos e como usá-los

4. Modelo latino-americano

Neste modelo de governança corporativa, os objetivos da gestão têm como foco os stakeholders, influenciados pela centralização de propriedades e com pouca interferência do mercado de capitais. As privatizações também têm grande impacto nesse tipo de gestão.

Já que não há divisão entre propriedade e capital nesse sistema, os processos e tomadas de decisões são ainda mais benéficos para os cargos de alto escalão da empresa.

Em linha gerais, o modelo latino-americano tem um foco mais familiar, no qual os fundadores controlam a administração da companhia e ditam as regras. 

Ainda que aparentemente mais centralizado, incorpora práticas transparentes e conselhos de administração independentes. 

5. Modelo latino-europeu

Aqui, há uma combinação entre os modelos latino-americano e anglo-saxão. O motivo é que, enquanto existe uma concentração de propriedade que torna o controle predominantemente interno, inclui também uma propensão de abertura do capital.

Outra característica deste tipo de governança corporativa, a proteção para os acionistas minoritários é menor e o mercado de capitais, menos relevante. Vale reforçar ainda que a liquidez é mais baixa que no sistema anglo-saxão.

E como as presidências do conselho administrativo e da diretoria costumam ser justapostas, há ainda a crescente a presença de outsiders independentes na organização.

Qual é o melhor modelo de governança corporativa para a sua empresa?

Agora que conheceu os principais modelos de governança corporativa e suas diferenças, pode ter surgido uma dúvida na sua mente: “Qual é o melhor modelo de governança corporativa para a minha empresa?”

A resposta é simples: depende. Conforme comentamos, cada negócio tem uma estrutura, cultura e objetivos diferentes. Portanto, o modelo ideal é o que se encaixa no presente, assim como no futuro da corporação.

Aqui, é importante destacarmos que é o modelo de governança corporativa que precisa combinar com a empresa, não o contrário. 

Para tal, reúna os membros do seu conselho (ou os acionistas e gestores, caso não exista um conselho) para debater os próximos passos da corporação. 

Com uma visão de curto e médio prazo, será mais fácil escolher o melhor tipo de governança.

A tabela abaixo, produzida pelo blog Governança Corporativa, mostra os principais pontos dos cinco principais modelos e pode te ajudar nessa definição. Confira!

Também não se esqueça de que esses são apenas modelos, os quais se pode mesclar ou adequar para atender melhor a sua corporação. Outra sugestão é a contratação de uma consultoria externa para obtenção de uma visão de fora, estratégia que pode ajudar a alinhar as expectativas das partes interessadas com a melhor opção.

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As 5 melhores práticas de governança corporativa para a sua empresa

Entretanto, não basta escolher o melhor modelo. É fundamental garantir sua execução correta, do contrário, não se alcança os objetivos pretendidos.

Para ajudar você nesse processo, separamos as cinco melhores práticas de governança corporativa. Veja!

  1. reconhecer os principais desafios;

  2. aprimorar a gestão de riscos;

  3. adotar boas práticas de sustentabilidade;

  4. garantir a transparência na prestação de contas;

  5. usar a tecnologia para otimizar e automatizar processos.

1. Reconhecer os principais desafios

Revise os processos da sua empresa, a maneira como as áreas os executam e detalhes como quem são os responsáveis e pontos de gargalo relacionados à transparência e à conformidade.

Use análises internas e de mercado para se antecipar a tendências e basear suas decisões e acompanhe de perto mudanças legais e regulatórias. Dessa forma, garantirá a execução de uma governança corporativa justa, moderna e atualizada.

2. Aprimorar a gestão de riscos

A gestão de riscos também começa pela identificação das principais ameaças para o funcionamento e sucesso do negócio, e se estende para o monitoramento contínuo dessas condições.

Além disso, deve incluir planos de contingência e estratégias para promoção de resiliência empresarial perante diferentes situações.

Entenda mais sobre esse tema no artigo: “Gestão de riscos e compliance: por que relacioná-las?

3. Adotar boas práticas de sustentabilidade

Consiste na implementação de boas práticas ESG — critérios ambientais, sociais e de governança — as quais são essenciais para aprimorar a reputação da empresa e alinhar suas atividades aos interesses e preferências dos stakeholders.

É possível iniciar esse processo a partir da identificação dos impactos que as operações da companhia causam no meio ambiente e na vida das pessoas de maneira geral. 

Em seguida, deve-se definir e implementar formas de mitigá-los, a exemplo de somente trabalhar com fornecedores sustentáveis

4. Garantir a transparência na prestação de contas

Uma forma de realizar essa prática é por meio de emissão e publicação periódica de relatórios públicos com o balanço financeiro da empresa. Deve-se também realizar auditorias internas e externas para identificar possíveis problemas com fraudes e desvio de dinheiro.

5. Usar a tecnologia para otimizar e automatizar processos

Certamente, o uso da tecnologia não podia faltar nesta lista com as melhores práticas de governança corporativa. Afinal, por meio de diferentes sistemas, é possível otimizar diversas atividades, reduzir tempo de execução e análise, aumentar a produtividade dos times e reduzir os erros.

Um software de SRM, Supplier Relationship Management, por exemplo, facilita o processo de homologação de fornecedores e a identificação de riscos que esses parceiros podem gerar e que comprometem a transparência e a credibilidade do seu negócio.

O SRM da Linkana oferece diversas funcionalidades, como acesso instantâneo a variadas informações públicas da Receita Federal, fluxo automático de regularização de pendências e score de confiança configurável.

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