Gestão de fornecedores

Planejamento estratégico na gestão de fornecedores importa?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

10 de julho de 2025

10 de julho de 2025

10 de julho de 2025

O planejamento estratégico na gestão de fornecedores é um processo estruturado que visa alinhar a atuação dos parceiros comerciais de abastecimento aos objetivos de longo prazo do negócio que os contrata. Consiste em mapear, selecionar e gerenciar empresas fornecedoras a partir de critérios, como qualidade, prazos, inovação e confiabilidade.

Essa abordagem também ajuda a identificar riscos mais rapidamente, fortalecer a cadeia de suprimentos e garantir a entrega de produtos/serviços melhores aos clientes finais.

Quando implementado corretamente, o planejamento estratégico na gestão de fornecedores se torna um diferencial competitivo que impulsiona o crescimento do negócio, reduz custos e melhora a performance operacional de maneira geral.

Neste artigo, explicaremos os objetivos, motivos para estruturar esse plano, as etapas necessárias e quanto afeta a área de compras e procurement de uma empresa. Siga a leitura e confira!

O que é planejamento estratégico na gestão de fornecedores?

O planejamento estratégico na gestão de fornecedores é a prática de definir metas, critérios e processos para escolher e gerenciar empresas fornecedoras de maneira alinhada aos objetivos do negócio contratante. Essa dinâmica ajuda a reduzir riscos, diminuir custos e garantir parcerias comerciais de longo prazo.

Além disso, essa estrutura aumenta a eficiência da cadeia de suprimentos, pois proporciona mais controle sobre prazos, qualidade e desempenho, e permite ao time de compras e procurement prever gargalos e reagir com agilidade a imprevistos e mudanças de cenários.

Ao adotar o planejamento estratégico na gestão de fornecedores, a companhia também fortalece sua capacidade de inovação, melhora sua competitividade no mercado e garante um atendimento mais preciso ao cliente final.

Dica de leitura: “Plano de contingência na cadeia de suprimentos: como criar?

Por que fazer planejamento estratégico de fornecedores?

Os gestores e seus times devem fazer planejamento estratégico de fornecedores porque essa prática gera diversos benefícios, como:

  • redução de custos operacionais;

  • melhora da qualidade dos produtos/serviços finais;

  • aumento da eficiência na cadeia de suprimentos;

  • aprimoramento da gestão de riscos;

  • alinhamento da área de compras e procurement com os objetivos gerais da empresa;

  • fortalecimento das parcerias comerciais de abastecimento;

  • mais poder de negociação;

  • fomento à inovação compartilhada.

Entenda cada um em detalhes

Redução de custos operacionais

Ao identificar fornecedores mais eficientes e negociar melhores condições, o time de compras e procurement consegue reduzir despesas com aquisições, logística, armazenamento e até com retrabalho decorrente de entregas fora do acordado.

Melhora da qualidade dos produtos/serviços finais

Com critérios de qualificação estratégicos e acompanhamento de desempenho, fica mais fácil garantir que os fornecedores atendam aos padrões que a empresa contratante precisa. Esse atendimento, por sua vez, reflete diretamente na qualidade das soluções que o contratante entrega ao público.

Aumento da eficiência na cadeia de suprimentos

O planejamento estratégico na gestão de fornecedores permite sincronizar prazos, volumes e processos entre quem contrata e quem é contratado. Esse alinhamento é crucial para evitar atrasos, gargalos e desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos.

Aprimoramento da gestão de riscos

Ao mapear fornecedores críticos e definir medidas alternativas, consegue-se preparar a empresa para enfrentar crises, eventuais rupturas no abastecimento e mudanças repentinas no mercado, com mais segurança e agilidade. Isto é, o planejamento torna o negócio mais resiliente.

Alinhamento da área de compras e procurement com os objetivos gerais da empresa

O planejamento estratégico modifica o papel da gestão de fornecedores na empresa, que passa de uma simples função operacional para uma atividade que contribui diretamente para o desempenho do negócio.

Afinal, as decisões da área de compras impactam diretamente o uso dos recursos financeiros, a rentabilidade e a imagem da companhia perante os stakeholders.

Fortalecimento das parcerias comerciais de abastecimento

Relações baseadas em confiança, transparência e metas conjuntas geram um ambiente mais colaborativo, favorecem contratos de longo prazo e geram resultados mais consistentes para ambos os lados.

Mais poder de negociação

Ao conhecer melhor o fornecedor, os profissionais responsáveis por esse gerenciamento têm mais argumentos na hora de negociar contratos, preços e prazos, o que leva a uma vantagem competitiva sem comprometer a qualidade dos insumos, produtos e serviços.

Fomento à inovação compartilhada

Fornecedores bem integrados ao negócio podem contribuir com a apresentação de novas tecnologias, soluções e melhorias em processos. Assim, se tornam aliados na jornada de inovação da empresa que os contratou.

Entenda mais sobre esse benefício no artigo: “Inovação de produtos: qual o papel dos fornecedores?

Exemplos de empresas que se beneficiaram com essa prática

São muitas as empresas, no Brasil e no mundo, que já trabalham com planejamento estratégico na gestão de fornecedores e, há décadas, se beneficiam dessa prática.

A Toyota, por exemplo, é amplamente reconhecida pelo plano Toyota Production System (TPS), que incorpora práticas estratégicas, como produção just-in-time e parcerias de longo prazo com fornecedores, para reduzir desperdícios, melhorar a eficiência operacional e manter altos padrões de qualidade dos produtos finais.

Ainda na década de 1930, Kiichiro, filho do fundador do grupo Toyota e fundador do negócio automobilístico da Toyota, determinou que as operações da companhia não teriam mais excesso de estoque. Para atingir esse objetivo, a companhia construiu parcerias com os fornecedores que resultaram no nivelamento entre volume de abastecimento e ritmo de produção.

A Unilever, por sua vez, há mais de 10 anos atua sob as diretrizes do Unilever Sustainable Living Plan (USLP), plano de sustentabilidade que integra práticas sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos.

O planejamento da marca inclui diversas iniciativas, como soluções para diminuir a emissão de gás carbônico e reduzir o consumo de água na agricultura, e formação de uma rede de abastecimento com desmatamento zero, respeito e promoção aos direitos humanos.

Entre os resultados, a Unilever alcançou a diminuição dos custos operacionais e alinhamento da sua forma de trabalho com práticas sustentáveis bem-vistas pelos stakeholders.

Qual o objetivo do planejamento estratégico de fornecedores?

O principal objetivo do planejamento estratégico de fornecedores é garantir que a empresa traga para a sua rede de abastecimento parceiros capazes de contribuir para o crescimento do negócio, que também gerem menos riscos e agreguem valor às operações de forma contínua.

Por meio de uma gestão alinhada aos objetivos do negócio, essa dinâmica aprimora a seleção de fornecedores e direciona o olhar para aqueles que elevam o poder competitivo e estimulam a inovação da companhia.

Consiste, portanto, em criar relacionamentos estratégicos para o alcance de resultados reais, como redução de custos, melhoria na qualidade dos produtos e aumento da capacidade de adaptação a mudanças de mercado.

Não deixe de ler: “Resiliência da cadeia de suprimentos: 8 maneiras de alcançar

Quais são as etapas do planejamento estratégico de fornecedores?

Estas são as principais etapas do planejamento estratégico de fornecedores:

  1. Análise da situação atual da empresa;

  2. Definição de objetivos e critérios;

  3. Classificação dos fornecedores;

  4. Processo de homologação;

  5. Negociação e formalização de contratos;

  6. Monitoramento de desempenho;

  7. Desenvolvimento e gestão do relacionamento;

  8. Avaliação contínua e adequações.

Veja cada uma em detalhes.

1. Análise da situação atual da empresa

Consiste em mapear a base de fornecedores já existente, identificar pontos fortes, fracos e gargalos, e reconhecer o que falta para o atendimento das necessidades reais da empresa.

Inclui ainda revisar contratos, o desempenho histórico dos parceiros, custos e nível de criticidade de cada fornecedor na operação.

Aproveite e leia também: “Vendor list x criticidade x valor do contrato: qual a melhor análise?

2. Definição de objetivos e critérios

Com base no planejamento corporativo, o time de compras e procurement precisa definir os objetivos da gestão estratégica de fornecedores. Aqui, deve considerar diferentes fatores, por exemplo, redução de custos, inovação, sustentabilidade ou expansão do negócio para o mercado internacional.

A partir deste ponto, os responsáveis pela escolha e contratação de empresas fornecedoras precisam estabelecer critérios de avaliação e seleção — como qualidade, prazo, compliance e capacidade de entrega — para alinhar essa área aos objetivos gerais da companhia.

3. Classificação dos fornecedores

Nesta etapa, deve-se classificar os tipos de fornecedores conforme o nível de importância para a empresa. Essa separação ajuda a priorizar contratações, investimentos, definir práticas de relacionamento e aplicar diferentes modelos de gerenciamento conforme o impacto de cada um na rede de abastecimento.

4. Processo de homologação

O processo de homologação tem por objetivo qualificar, validar e certificar a empresa fornecedora para confirmar se atende aos critérios necessários para se tornar uma parceira do negócio.

Essa atividade inclui, por exemplo, avaliação de documentos e certificações, auditorias, testes e validações técnicas e solicitação de RFI (pedido de informação), RFP (solicitação de proposta) e RFQ (solicitação de cotação).

Um processo de homologação devidamente executado ajuda a reduzir riscos e problemas na cadeia de suprimentos em longo prazo.

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5. Negociação e formalização de contratos

A quinta etapa do planejamento estratégico de fornecedores é o momento de comparar preços, prazos, níveis de serviço (SLAs), e definir cláusulas de desempenho, penalidades e oportunidades de colaboração a longo prazo. Um contrato bem-estruturado mitiga riscos financeiros, jurídicos e reputacionais e melhora o relacionamento entre as partes.

6. Monitoramento de desempenho

Após a contratação, é essencial acompanhar o desempenho dos fornecedores por meio de indicadores-chave de desempenho, como pontualidade nas entregas, nível de conformidade, taxa de devoluções e satisfação interna.

Essa mensuração ajuda a confirmar se a parceria realmente se tornou estratégica, além de gerar dados para embasar tomadas de decisão e torná-las mais seguras e com mais chances de sucesso.

7. Desenvolvimento e gestão do relacionamento

Além de acompanhar os fornecedores estratégicos de perto, é importante criar planos de desenvolvimento, adotar a cultura de feedbacks regulares e fomentar iniciativas de inovação conjunta. O motivo é que um bom relacionamento comercial gera vantagens competitivas exclusivas para quem contrata e quem é contratado.

8. Avaliação contínua e adequações

É fundamental que os gestores e seus times tenham em mente que o planejamento estratégico de fornecedores não é um modelo engessado.

Revisões periódicas são importantes para alinhar a atuação da empresa às mudanças no mercado, novas demandas e necessidades dos consumidores finais, expectativas dos investidores e identificar boas oportunidades de melhoria.

Sugestão de leitura: “Gestão de contratos: como fazer corretamente? 9 dicas!

O impacto do planejamento de compras na gestão de fornecedores

O planejamento de compras é um dos pilares para uma gestão de fornecedores sólida e estratégica.

Quando essa área atua de forma planejada — com previsões de demanda, cronogramas bem definidos e metas alinhadas ao objetivo principal do negócio — todo o relacionamento com os parceiros de abastecimento torna-se mais eficiente, transparente e colaborativo.

Ao antecipar as necessidades de aquisição, evitam-se, por exemplo, compras emergenciais, que elevam os custos devido à falta de tempo para escolher os fornecedores e negociar.

O planejamento de compras também é crucial para diminuir falhas no abastecimento, ruptura de estoque e para construir relacionamentos estratégicos e de longo prazo com os fornecedores. Afinal, os parceiros saberão exatamente o que entregar, quando e de que forma, o que evita desentendimento, atritos e surpresas desagradáveis no fluxo de trabalho.

Entenda tudo sobre esse tema no artigo: “Planejamento de compras: como montar e quais erros evitar?

Como a gestão de fornecedores influencia o planejamento estratégico de suprimentos?

A gestão de fornecedores influencia o planejamento estratégico de suprimentos ao garantir uma base sólida e confiável de parceiros de abastecimento, com dinâmica de trabalho alinhada aos principais objetivos da empresa.

Quando a contratante conhece bem os fornecedores, como são seus prazos de entrega, capacidades, riscos e histórico de performance, fica mais fácil planejar as compras com precisão, segurança e eficiência.

Significa prever demandas com mais assertividade, evitar rupturas no abastecimento, otimizar estoques e alinhar os fluxos logísticos ao ritmo produtivo do negócio.

Além disso, uma gestão de fornecedores bem estruturada permite identificar oportunidades de inovação, redução de custos e melhoria contínua, condições que impactam diretamente o planejamento estratégico de suprimentos.

Como aprimorar a gestão de fornecedores?

Para aprimorar a gestão de fornecedores, torná-la uma atividade estratégica e alinhada às práticas de crescimento da empresa, é essencial automatizar as tarefas inerentes a essa área.

Por meio de um SRM como o da Linkana, por exemplo, os profissionais de compras e procurement realizam a homologação de fornecedores no piloto automático!

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Após iniciar a homologação, é possível acompanhar todo o preenchimento por parte dos fornecedores ou, caso o prefira, inserir as informações por conta própria e evitar o atraso no processo.

Você também pode compartilhar esse processo internamente, criar fluxos de aprovações e designar pessoas responsáveis por cada etapa.

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