Gestão de fornecedores
Planejamento estratégico na gestão de fornecedores importa?

O planejamento estratégico na gestão de fornecedores é um processo estruturado que visa alinhar a atuação dos parceiros comerciais de abastecimento aos objetivos de longo prazo do negócio que os contrata. Consiste em mapear, selecionar e gerenciar empresas fornecedoras a partir de critérios, como qualidade, prazos, inovação e confiabilidade.
Essa abordagem também ajuda a identificar riscos mais rapidamente, fortalecer a cadeia de suprimentos e garantir a entrega de produtos/serviços melhores aos clientes finais.
Quando implementado corretamente, o planejamento estratégico na gestão de fornecedores se torna um diferencial competitivo que impulsiona o crescimento do negócio, reduz custos e melhora a performance operacional de maneira geral.
Neste artigo, explicaremos os objetivos, motivos para estruturar esse plano, as etapas necessárias e quanto afeta a área de compras e procurement de uma empresa. Siga a leitura e confira!
O que é planejamento estratégico na gestão de fornecedores?
O planejamento estratégico na gestão de fornecedores é a prática de definir metas, critérios e processos para escolher e gerenciar empresas fornecedoras de maneira alinhada aos objetivos do negócio contratante. Essa dinâmica ajuda a reduzir riscos, diminuir custos e garantir parcerias comerciais de longo prazo.
Além disso, essa estrutura aumenta a eficiência da cadeia de suprimentos, pois proporciona mais controle sobre prazos, qualidade e desempenho, e permite ao time de compras e procurement prever gargalos e reagir com agilidade a imprevistos e mudanças de cenários.
Ao adotar o planejamento estratégico na gestão de fornecedores, a companhia também fortalece sua capacidade de inovação, melhora sua competitividade no mercado e garante um atendimento mais preciso ao cliente final.
Dica de leitura: “Plano de contingência na cadeia de suprimentos: como criar?”
Por que fazer planejamento estratégico de fornecedores?
Os gestores e seus times devem fazer planejamento estratégico de fornecedores porque essa prática gera diversos benefícios, como:
redução de custos operacionais;
melhora da qualidade dos produtos/serviços finais;
aumento da eficiência na cadeia de suprimentos;
aprimoramento da gestão de riscos;
alinhamento da área de compras e procurement com os objetivos gerais da empresa;
fortalecimento das parcerias comerciais de abastecimento;
mais poder de negociação;
fomento à inovação compartilhada.
Entenda cada um em detalhes
Redução de custos operacionais
Ao identificar fornecedores mais eficientes e negociar melhores condições, o time de compras e procurement consegue reduzir despesas com aquisições, logística, armazenamento e até com retrabalho decorrente de entregas fora do acordado.
Melhora da qualidade dos produtos/serviços finais
Com critérios de qualificação estratégicos e acompanhamento de desempenho, fica mais fácil garantir que os fornecedores atendam aos padrões que a empresa contratante precisa. Esse atendimento, por sua vez, reflete diretamente na qualidade das soluções que o contratante entrega ao público.
Aumento da eficiência na cadeia de suprimentos
O planejamento estratégico na gestão de fornecedores permite sincronizar prazos, volumes e processos entre quem contrata e quem é contratado. Esse alinhamento é crucial para evitar atrasos, gargalos e desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos.
Aprimoramento da gestão de riscos
Ao mapear fornecedores críticos e definir medidas alternativas, consegue-se preparar a empresa para enfrentar crises, eventuais rupturas no abastecimento e mudanças repentinas no mercado, com mais segurança e agilidade. Isto é, o planejamento torna o negócio mais resiliente.
Alinhamento da área de compras e procurement com os objetivos gerais da empresa
O planejamento estratégico modifica o papel da gestão de fornecedores na empresa, que passa de uma simples função operacional para uma atividade que contribui diretamente para o desempenho do negócio.
Afinal, as decisões da área de compras impactam diretamente o uso dos recursos financeiros, a rentabilidade e a imagem da companhia perante os stakeholders.
Fortalecimento das parcerias comerciais de abastecimento
Relações baseadas em confiança, transparência e metas conjuntas geram um ambiente mais colaborativo, favorecem contratos de longo prazo e geram resultados mais consistentes para ambos os lados.
Mais poder de negociação
Ao conhecer melhor o fornecedor, os profissionais responsáveis por esse gerenciamento têm mais argumentos na hora de negociar contratos, preços e prazos, o que leva a uma vantagem competitiva sem comprometer a qualidade dos insumos, produtos e serviços.
Fomento à inovação compartilhada
Fornecedores bem integrados ao negócio podem contribuir com a apresentação de novas tecnologias, soluções e melhorias em processos. Assim, se tornam aliados na jornada de inovação da empresa que os contratou.
Entenda mais sobre esse benefício no artigo: “Inovação de produtos: qual o papel dos fornecedores?”
Exemplos de empresas que se beneficiaram com essa prática
São muitas as empresas, no Brasil e no mundo, que já trabalham com planejamento estratégico na gestão de fornecedores e, há décadas, se beneficiam dessa prática.
A Toyota, por exemplo, é amplamente reconhecida pelo plano Toyota Production System (TPS), que incorpora práticas estratégicas, como produção just-in-time e parcerias de longo prazo com fornecedores, para reduzir desperdícios, melhorar a eficiência operacional e manter altos padrões de qualidade dos produtos finais.
Ainda na década de 1930, Kiichiro, filho do fundador do grupo Toyota e fundador do negócio automobilístico da Toyota, determinou que as operações da companhia não teriam mais excesso de estoque. Para atingir esse objetivo, a companhia construiu parcerias com os fornecedores que resultaram no nivelamento entre volume de abastecimento e ritmo de produção.
A Unilever, por sua vez, há mais de 10 anos atua sob as diretrizes do Unilever Sustainable Living Plan (USLP), plano de sustentabilidade que integra práticas sustentáveis em toda a cadeia de suprimentos.
O planejamento da marca inclui diversas iniciativas, como soluções para diminuir a emissão de gás carbônico e reduzir o consumo de água na agricultura, e formação de uma rede de abastecimento com desmatamento zero, respeito e promoção aos direitos humanos.
Entre os resultados, a Unilever alcançou a diminuição dos custos operacionais e alinhamento da sua forma de trabalho com práticas sustentáveis bem-vistas pelos stakeholders.
Qual o objetivo do planejamento estratégico de fornecedores?
O principal objetivo do planejamento estratégico de fornecedores é garantir que a empresa traga para a sua rede de abastecimento parceiros capazes de contribuir para o crescimento do negócio, que também gerem menos riscos e agreguem valor às operações de forma contínua.
Por meio de uma gestão alinhada aos objetivos do negócio, essa dinâmica aprimora a seleção de fornecedores e direciona o olhar para aqueles que elevam o poder competitivo e estimulam a inovação da companhia.
Consiste, portanto, em criar relacionamentos estratégicos para o alcance de resultados reais, como redução de custos, melhoria na qualidade dos produtos e aumento da capacidade de adaptação a mudanças de mercado.
Não deixe de ler: “Resiliência da cadeia de suprimentos: 8 maneiras de alcançar”
Quais são as etapas do planejamento estratégico de fornecedores?
Estas são as principais etapas do planejamento estratégico de fornecedores:
Análise da situação atual da empresa;
Definição de objetivos e critérios;
Classificação dos fornecedores;
Processo de homologação;
Negociação e formalização de contratos;
Monitoramento de desempenho;
Desenvolvimento e gestão do relacionamento;
Avaliação contínua e adequações.
Veja cada uma em detalhes.
1. Análise da situação atual da empresa
Consiste em mapear a base de fornecedores já existente, identificar pontos fortes, fracos e gargalos, e reconhecer o que falta para o atendimento das necessidades reais da empresa.
Inclui ainda revisar contratos, o desempenho histórico dos parceiros, custos e nível de criticidade de cada fornecedor na operação.
Aproveite e leia também: “Vendor list x criticidade x valor do contrato: qual a melhor análise?”
2. Definição de objetivos e critérios
Com base no planejamento corporativo, o time de compras e procurement precisa definir os objetivos da gestão estratégica de fornecedores. Aqui, deve considerar diferentes fatores, por exemplo, redução de custos, inovação, sustentabilidade ou expansão do negócio para o mercado internacional.
A partir deste ponto, os responsáveis pela escolha e contratação de empresas fornecedoras precisam estabelecer critérios de avaliação e seleção — como qualidade, prazo, compliance e capacidade de entrega — para alinhar essa área aos objetivos gerais da companhia.
3. Classificação dos fornecedores
Nesta etapa, deve-se classificar os tipos de fornecedores conforme o nível de importância para a empresa. Essa separação ajuda a priorizar contratações, investimentos, definir práticas de relacionamento e aplicar diferentes modelos de gerenciamento conforme o impacto de cada um na rede de abastecimento.
4. Processo de homologação
O processo de homologação tem por objetivo qualificar, validar e certificar a empresa fornecedora para confirmar se atende aos critérios necessários para se tornar uma parceira do negócio.
Essa atividade inclui, por exemplo, avaliação de documentos e certificações, auditorias, testes e validações técnicas e solicitação de RFI (pedido de informação), RFP (solicitação de proposta) e RFQ (solicitação de cotação).
Um processo de homologação devidamente executado ajuda a reduzir riscos e problemas na cadeia de suprimentos em longo prazo.
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5. Negociação e formalização de contratos
A quinta etapa do planejamento estratégico de fornecedores é o momento de comparar preços, prazos, níveis de serviço (SLAs), e definir cláusulas de desempenho, penalidades e oportunidades de colaboração a longo prazo. Um contrato bem-estruturado mitiga riscos financeiros, jurídicos e reputacionais e melhora o relacionamento entre as partes.
6. Monitoramento de desempenho
Após a contratação, é essencial acompanhar o desempenho dos fornecedores por meio de indicadores-chave de desempenho, como pontualidade nas entregas, nível de conformidade, taxa de devoluções e satisfação interna.
Essa mensuração ajuda a confirmar se a parceria realmente se tornou estratégica, além de gerar dados para embasar tomadas de decisão e torná-las mais seguras e com mais chances de sucesso.
7. Desenvolvimento e gestão do relacionamento
Além de acompanhar os fornecedores estratégicos de perto, é importante criar planos de desenvolvimento, adotar a cultura de feedbacks regulares e fomentar iniciativas de inovação conjunta. O motivo é que um bom relacionamento comercial gera vantagens competitivas exclusivas para quem contrata e quem é contratado.
8. Avaliação contínua e adequações
É fundamental que os gestores e seus times tenham em mente que o planejamento estratégico de fornecedores não é um modelo engessado.
Revisões periódicas são importantes para alinhar a atuação da empresa às mudanças no mercado, novas demandas e necessidades dos consumidores finais, expectativas dos investidores e identificar boas oportunidades de melhoria.
Sugestão de leitura: “Gestão de contratos: como fazer corretamente? 9 dicas!”
O impacto do planejamento de compras na gestão de fornecedores
O planejamento de compras é um dos pilares para uma gestão de fornecedores sólida e estratégica.
Quando essa área atua de forma planejada — com previsões de demanda, cronogramas bem definidos e metas alinhadas ao objetivo principal do negócio — todo o relacionamento com os parceiros de abastecimento torna-se mais eficiente, transparente e colaborativo.
Ao antecipar as necessidades de aquisição, evitam-se, por exemplo, compras emergenciais, que elevam os custos devido à falta de tempo para escolher os fornecedores e negociar.
O planejamento de compras também é crucial para diminuir falhas no abastecimento, ruptura de estoque e para construir relacionamentos estratégicos e de longo prazo com os fornecedores. Afinal, os parceiros saberão exatamente o que entregar, quando e de que forma, o que evita desentendimento, atritos e surpresas desagradáveis no fluxo de trabalho.
Entenda tudo sobre esse tema no artigo: “Planejamento de compras: como montar e quais erros evitar?”
Como a gestão de fornecedores influencia o planejamento estratégico de suprimentos?
A gestão de fornecedores influencia o planejamento estratégico de suprimentos ao garantir uma base sólida e confiável de parceiros de abastecimento, com dinâmica de trabalho alinhada aos principais objetivos da empresa.
Quando a contratante conhece bem os fornecedores, como são seus prazos de entrega, capacidades, riscos e histórico de performance, fica mais fácil planejar as compras com precisão, segurança e eficiência.
Significa prever demandas com mais assertividade, evitar rupturas no abastecimento, otimizar estoques e alinhar os fluxos logísticos ao ritmo produtivo do negócio.
Além disso, uma gestão de fornecedores bem estruturada permite identificar oportunidades de inovação, redução de custos e melhoria contínua, condições que impactam diretamente o planejamento estratégico de suprimentos.
Como aprimorar a gestão de fornecedores?
Para aprimorar a gestão de fornecedores, torná-la uma atividade estratégica e alinhada às práticas de crescimento da empresa, é essencial automatizar as tarefas inerentes a essa área.
Por meio de um SRM como o da Linkana, por exemplo, os profissionais de compras e procurement realizam a homologação de fornecedores no piloto automático!
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Após iniciar a homologação, é possível acompanhar todo o preenchimento por parte dos fornecedores ou, caso o prefira, inserir as informações por conta própria e evitar o atraso no processo.
Você também pode compartilhar esse processo internamente, criar fluxos de aprovações e designar pessoas responsáveis por cada etapa.
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