Interrupções na cadeia de suprimentos: 5 formas de evitar

As interrupções na cadeia de suprimentos são todos os entraves e obstáculos que afetam o fluxo de abastecimento de um negócio, como problemas na rota de transporte de insumos e matérias-primas e atrasos nas entregas por parte das empresas fornecedoras.

Porém, é fundamental você saber que, nem sempre, essas intercorrências são decorrentes de fatores externos. 

Uma gestão de fornecedores ineficiente, por exemplo, aumenta consideravelmente os riscos na cadeia de suprimentos. Afinal, sem uma base sólida e confiável de abastecimento, como garantir o necessário para as atividades empresariais?

Por esse motivo é tão importante realizar uma boa Supplier Risk Management, além de adotar outras práticas e estratégicas para mitigar a possibilidade de interrupção nesse fluxo.

Quer saber quais são e como adotar na sua empresa? Basta continuar a leitura!

O que são interrupções na cadeia de suprimentos e seus impactos?

As interrupções na cadeia de suprimentos são quaisquer falhas que afetam a sequência ideal de abastecimento de um negócio. São problemas de diferentes origens que causam paradas breves ou duradouras do fornecimento, as quais atingem diretamente o funcionamento da companhia contratante dos insumos, matérias-primas ou serviços.

Esse tipo de problema gera à empresa inúmeras consequências, como:

• atraso nas produções: decorrente da falta da base necessária para fabricar os itens que comercializa;

• perda de receita: por não entregar os produtos/serviços no prazo aos clientes finais, o que gera queda do volume de vendas;

• aumento dos custos: a exemplo de quando é necessário buscar outra fonte de abastecimento em caráter emergencial para suprir a deficiência;

• comprometimento da qualidade: geralmente, acontece quando é preciso encontrar uma alternativa rápida de abastecimento para mitigar os impactos e não há tempo suficiente para qualificar o novo fornecedor;

• comprometimento da imagem da marca: principalmente por não atender os clientes finais na data combinada, ou por entregar produtos e/ou serviços com qualidade inferior ao esperado pelo público. 

Sugestão de leitura: “Risco de reputação: entenda a importância de proteger sua imagem”

Quais são os principais riscos na cadeia de suprimentos que levam a interrupções?

Para falarmos sobre os principais riscos na cadeia de suprimentos que levam à interrupção, o ideal é separá-los entre internos e externos. Veja:

• fatores internos: 

  • planejamento de compras e previsão de demandas ineficiente ou inexistente;

  • ausência de planos de contingência;

  • má gestão de estoque;

  • dependência de um único fornecedor;

  • mudanças repentinas no portfólio de produtos/serviços;

  • ruídos na comunicação entre os departamentos e a área de compras e procurement;

  • erros de fabricação que resulta na necessidade de aquisição de mais insumos;

  • fluxos inadequados, complexos ou burocráticos de aprovação de requisição de compras.

• fatores externos:

  • desastres naturais;

  • crises sanitárias;

  • instabilidade econômica ou política;

  • mudanças regulatórias;

  • falta generalizada de matéria-prima;

  • problemas logísticos. 

Como você viu, é possível haver interrupções na cadeia de suprimentos em qualquer etapa. 

Por esse motivo, é tão importante realizar uma boa gestão de riscos e identificar os pontos críticos e vulneráveis da rede da sua empresa. Explicaremos em detalhes no próximo tópico.

O que é Supplier Risk Management e como ajuda a gerenciar riscos e prevenir interrupções?

Supplier Risk Management (SRM) — ou Gestão de Riscos de Fornecedores, em português —, são medidas, processos e boas práticas que identificam, mensuram, avaliam e ajudam os gestores a definirem maneiras de mitigar, ou mesmo eliminar, as ameaças provenientes da contratação de empresas fornecedoras.

O SRM auxilia na prevenção a interrupções na cadeia de suprimentos, pois:

• promove o monitoramento contínuo do desempenho dos fornecedores;

• contribui com auditorias para confirmação de compliance;

• identifica riscos em todas as fases do relacionamento comercial, e não apenas antes da contratação;

• avalia de maneira pontual e periódica os perigos de depender de um único fornecedor;

• entrega uma visão geral de todos os riscos da rede de abastecimento.

Para implementar um programa de Supplier Risk Management na sua empresa, você deve:

1. identificar os objetivos da gestão de risco de fornecedores;

2. formar uma equipe com representantes de outros departamentos, como financeiro e jurídico;

3. criar políticas internas e códigos de conduta e ética para os parceiros comerciais;

4. escolher ferramentas para mensurar os riscos, a exemplo da Matriz Kraljic; 

5. definir indicadores de desempenho.

Entenda todos os detalhes no artigo: “Supplier Risk Management: veja como proteger a sua empresa”

Dica! Descubra, no vídeo abaixo, como a Linkana mitigou riscos de fornecimento da Amaggi!

5 estratégias para prevenir interrupções na cadeia de suprimentos

Estas são as melhores estratégias para prevenir interrupções na cadeia de suprimentos:

1. diversificar a base de fornecedores;

2. implementar um plano de contingência;

3. investir em tecnologia de monitoramento;

4. manter um relacionamento sólido com fornecedores;

5. realizar avaliações periódicas de riscos.

Entenda os detalhes!

1. Diversificar a base de fornecedores

Conforme o tipo de fornecedor, nem sempre é fácil diversificar e contar com mais de um para reduzir os riscos na cadeia de suprimentos. Porém, essa é uma estratégia importante que você deve considerar.

Estas são algumas formas de diminuir a dependência de fornecimento:

• procurar tanto empresas fornecedoras locais quanto internacionais para diversificar o portfólio;

• pesquisar matérias-primas e insumos alternativos, mas com função e qualidade semelhantes aos que já utiliza;

• considerar a contratação de fornecedores de portes menores ou emergentes.

Sugestão de leitura: “Como encontrar fornecedores? 6 dicas infalíveis!”

2. Implementar um plano de contingência

Este documento precisa conter o direcionamento exato do que fazer quando a empresa sofrer algum tipo de interrupção no abastecimento. Para criá-lo, você deve:

• montar um comitê de gestão de crise;

• levantar e analisar os principais riscos da cadeia de suprimentos;

• separar essas ameaças por nível de criticidade;

• imaginar diferentes cenários, dos menos críticos aos mais impactantes;

• definir medidas de proteção a partir dessas avaliações;

• simular situações problemáticas para testar o plano de contingência;

• fazer os ajustes necessários.

3. Investir em tecnologia de monitoramento

Por meio de softwares como ERPs (Enterprise Resource Planning), que dão uma visão geral de todos os departamentos; e de um SRM (Supplier Relationship Management), voltado especificamente para a gestão de fornecedores.

O SRM da Linkana, por exemplo, oferece funcionalidades como:

• consultas automáticas de informações públicas;

• score de confiança;

• Linkana Financial Rating, que classifica a saúde financeira do fornecedor;

• Linkana ESG Rating, que avalia os riscos ambientais, sociais e de governança a partir de informações relativas ao CNPJ da empresa fornecedora.

Entenda tudo sobre essa funcionalidade no artigo: “Linkana ESG Rating: o que é e como funciona essa ferramenta?”