ESG

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EMAS: o que é e como funciona o Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

29 de julho de 2022

29 de julho de 2022

29 de julho de 2022

EMAS é a sigla para o termo em inglês "Eco-Management and Audit Scheme", que para o português foi traduzido como Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria.

Trata-se de um programa de adesão voluntário para as empresas, que tem como principal objetivo aprimorar o desempenho ambiental dos negócios por meio da implementação de uma gestão que avalia e dá as tratativas necessárias quanto aos impactos que as atividades da companhia causam no meio ambiente.

A proposta desse sistema também é disponibilizar ao público-alvo e aos stakeholders da organização informações sobre as práticas e os processos adotados para esse fim.

Se você está se questionando sobre quais são as vantagens de aderir a esse mecanismo, podemos destacar o fato que esse sistema está diretamente relacionado às boas práticas de ESG, as quais visam cuidar de questões ambientais, sociais e de governança no âmbito empresarial.

Desse modo, a adesão ao Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria, ainda que opcional, pode ajudar a alcançar vantagens como o aumento da credibilidade da marca e a diminuição do risco de execução de processos que causem danos ambientais.

Para saber quais são os outros benefícios do EMAS, seus objetivos, requisitos para adesão e mais, basta continuar a leitura deste artigo!

O que é o EMAS?

EMAS é um mecanismo que tem por finalidade contribuir para que as empresas melhorem seu desempenho ambiental

Dessa forma, o Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria, como também pode ser chamado, visa a implementação de uma gestão que direciona a organização para a adoção de boas práticas que ajudem a identificar os impactos ambientais que seus processos causam.

O Eco-Management and Audit Scheme foi estabelecido por meio do Regulamento (CEE) n.º 1836/93, de 29 de junho de 1993, o qual abrangia apenas a participação de empresas que atuavam no segmento industrial.

No entanto, com o passar do tempo e após algumas revisões, foi identificada também a importância de envolver outros setores nos cuidados e reflexos ambientais provenientes de suas atividades.

Assim, atualizações como o Regulamento (CE) n.º 761/2001, de 19 de março de 2001 e o  Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de novembro de 2009 passaram a abranger também outras frentes econômicas.

Aqui, é bem importante destacarmos que esse é um mecanismo elaborado pela Comissão Europeia. Em outras palavras, consiste em um modelo de gestão com foco ambiental baseado em diretrizes internacionais, semelhante ao que acontece com as normas da família ISO, a exemplo da ISO 26000 e da ISO 9001:2015.



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Quais objetivos do EMAS?

O principal objetivo do EMAS é direcionar as empresas para que possam aprimorar seus desempenhos ambientais.

A ideia, portanto, é contribuir, por meio de diretrizes, para que o negócio atue em conformidade com as legislações ambientais e expectativas dos consumidores, investidores, e comunidade de modo geral.

Aplicável a empresas de todos os portes e segmentos, incluindo as públicas e as privadas, o Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria também pode ser visto com um selo de qualidade europeu.

Na prática, isso significa que a empresa que o detém atua em compatibilidade com ações relativas a uma gestão ambiental realmente eficiente, assim como preza pela comunicação aos seus stakeholders sobre quais processos foram adotados para isso e quais foram seus resultados.

Quais são as vantagens do Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria?

A definição dos objetivos do Eco-Management and Audit Scheme nos remete a outro ponto, que são as vantagens que podem ser obtidas pelas empresas que aderirem a esse mecanismo.

Entre os benefícios que mais se destacam estão:

  • oportunidade para promover o aprimoramento contínuo do desempenho ambiental do negócio;

  • melhora do relacionamento entre as partes interessadas e envolvidas na companhia;

  • chances de diminuir o número de incidentes e impactos negativos causados pelas atividades da empresa.


Quanto a essas duas últimas vantagens, é importante ter em mente que uma postura corporativa ecologicamente correta traz retorno positivo para o negócio, visto que vai ao encontro das expectativas dos consumidores e de potenciais investidores.

Para se ter uma melhor percepção dessa relevância, uma pesquisa da Opinion Box, citada em uma matéria da Forbes, revelou que a sustentabilidade é importante para 82% dos brasileiros. Tanto que 37% dos consumidores já deixaram de adquirir produtos de marcas que não se preocuparam com a preservação do meio ambiente.

No que se refere a investimentos, um estudo da EY Global Institutional Investor Survey, mencionado na publicação da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, mostrou que 90% dos investidores consideram os resultados ESG antes de considerar o investimento.

Dica! Aproveite e leia também este artigo: "ESG: como aplicar a prática sustentável com responsabilidade nas empresas?"

Existe relação entre o EMAS e a ISO 14001?

O Eco-Management and Audit Scheme é bastante semelhante e compatível com a ISO 14001, que é uma norma de padrões internacionais para Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Por esse motivo, ambos os sistemas podem ser integrados, potencializando os resultados que podem ser obtidos pela empresa.

Alguns pontos que relacionam esses dois mecanismos são:

  • tanto um quanto outro são voluntários, ou seja, opcionais de serem aderidos;

  • têm aplicabilidade global;

  • estão relacionados a questões ambientais, sendo que um visa a implementação de um sistema de gestão ambiental e ou outro a melhoria desse desempenho;

  • no que se refere ao contexto da organização, ambos os sistemas promovem a identificação de aspectos internos e externos do negócio, identificando as necessidades e expectativas das partes interessadas.





Quais requisitos precisam ser atendidos para aderir ao EMAS?

No que se refere aos requisitos que precisam ser atendidos, caso tenha o interesse de trazer o Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria para o seu negócio, alguns deles são:

  • assumir o compromisso de melhorar continuamente o desempenho ambiental da companhia;

  • tornar pública a declaração Eco-Management and Audit Scheme obtida;

  • estabelecer e manter um diálogo aberto com as partes interessadas (stakeholders) sobre esse mecanismo;

  • envolver toda a empresa no processo de aprimoramento do desempenho ambiental da marca;

  • passar por auditorias que permitam a análise das práticas ambientais adotadas.


Para facilitar o atendimento desses parâmetros, é interessante a companhia, primeiro, implementar um sistema de gestão ambiental, o qual pode ter como base a ISO 14001. 

Em seguida, deve-se entrar em contato com a Agência Portuguesa do Ambiente, que é o organismo competente responsável pela validação desse sistema.

Achou isso interessante e quer conhecer outras diretrizes que podem contribuir para melhorar os processos da sua empresa? 

Então aproveite que está aqui, no blog da Linkana, software de gestão de fornecedores, e confira também este artigo: "ISO 31000: o que é e para que serve a Norma Internacional da Gestão de Risco?"


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