O gerenciamento de estoque não é uma atividade simples de ser feita. Para que todos os prazos sejam atendidos e a empresa não tenha prejuízos, é necessária uma gestão eficiente, que use a tecnologia a seu favor. Como, por exemplo, a ferramenta VMI.
Mas, afinal, o que é VMI na cadeia de suprimentos? Quais são os benefícios proporcionados à gestão e ao comércio varejista? Continue a leitura e entenda mais!
O que é VMI?
Entender o que é VMI é simples. A sigla corresponde ao termo Vendor Managed Inventory, traduzido como estoque gerenciado pelo fornecedor, que já retrata a sua principal função.
Essa ferramenta disponibiliza dados de vendas e de movimentação de estoque do varejo aos seus fornecedores. O objetivo é que eles próprios assumam o controle de reposição do estoque de acordo com a frequência de demanda das mercadorias.
Dessa forma, o fornecedor e o varejista conseguem prever o nível de estoque necessário para que o cliente seja atendido com rapidez e eficiência.
Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento sobre o que é VMI na cadeia de suprimentos, confira quais dados são disponibilizados aos fornecedores:
- histórico de vendas;
- vendas atuais;
- sazonalidade;
- tendências de consumo.
Vamos a um exemplo prático sobre o que é VMI? Imagina que o reabastecimento de produtos seja de responsabilidade do distribuidor. É ele quem fará os pedidos à indústria. Com o VMI, o monitoramento e a análise do estoque será realizada pela própria indústria.
Dessa forma, ela já saberá quando terá que fazer a reposição, quais são os produtos e sua quantidade, otimizando, portanto, o seu processo de reabastecimento.
Com o uso do VMI, o varejista não precisa mais solicitar mercadorias ao fornecedor. Ele próprio se antecipa às entregas.
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Quais são as vantagens do VMI?
Já vimos o que é VMI e como ele funciona na prática, certo? Para fixar melhor o assunto, separamos aqui os principais benefícios da metodologia.
Com a possibilidade de se comprometer com a reposição de estoque da empresa parceira, o fornecedor também garante uma redução de custos e de tempo e a otimização das operações.
Confira agora algumas vantagens do VMI para a indústria e os varejistas:
- equilíbrio das políticas de estoques com redução dos níveis armazenados;
- melhora no atendimento ao consumidor com produtos sempre disponíveis;
- aumento da margem de lucro, sem rupturas do estoque e perdas de mercadorias;
- aperfeiçoamento das operações com correção de possíveis falhas no processo;
- automatização do gerenciamento de estoque;
- aumento de produtividade no setor;
- ganho de vantagem competitiva no mercado;
- redução de custos de logística;
- eliminação de falhas no momento do pedido;
- análise de demandas em potencial: ampliação de vendas e diversificação do mix de produtos.
Lembramos que para que todos esses benefícios sejam aproveitados pelo fornecedor e pela indústria ou comércio é necessário que a gestão se alie à tecnologia para evoluir as operações de supply chain.
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Como usar o VMI?
Ao aprender o que é VMI pode ter ficado uma dúvida na sua cabeça: “terei que fornecer todas as informações da minha empresa ao fornecedor?”.
A resposta é não. De acordo com o sistema de gestão empresarial utilizado, há algumas formas de manter a privacidade de informações estratégicas do negócio. Como escolher o EDI para transmitir os dados ou então criar uma área apenas de VMI dentro do sistema de gestão.
Dessa forma, o fornecedor terá acesso a dados como modelo de negócio, previsão de demanda, venda real, estoque, gestão de toda a cadeia de suprimentos e KPIs (indicadores de performance).
Mas, como usar o VMI de forma adequada e eficiente? O primeiro passo é o fornecedor escolher quais clientes serão atendidos dessa forma. Deve-se levar em conta o relacionamento com a empresa, a localização, o faturamento, o market share e, claro, a disponibilidade de tecnologia.
Veja a seguir os próximos passos a serem dados para o bom uso do Vendor Managed Inventory:
- apresentar o conceito do projeto;
- estruturar o escopo do projeto junto à alta gerência corporativa para impor os limites operacionais e focar em um objetivo comum. Esse objetivo pode ser a reposição baseada na venda real ou previsão de demanda futura, por exemplo;
- acordar junto ao fornecedor quem será o responsável pela exposição, definição de preços e promoções;
- definir o projeto com condições explícitas para ambos os lados.
Esse passo a passo é indispensável para as duas partes se beneficiarem por completo desse novo modelo de negócio.
Outro ponto importante a se destacar é a importância de escolher os fornecedores adequados e confiáveis para criar uma parceria baseada em confiança e resultados entregues.
Qual a relação do VMI com a tecnologia?
Constatamos que ao compreender o conceito de o que é VMI, percebe-se que, sem a tecnologia, a utilidade da ferramenta não seria possível.
Porém, o fator humano pode causar falhas no processo. Afinal, é necessário colher corretamente os dados e inseri-los no sistema sem erros ou confusões.
Basta um número errado para toda a previsão e o transporte de mercadorias desandar. Uma mínima falha pode significar atraso para o consumidor, entregando-o de bandeja para a concorrência.
Por isso, é necessária uma gestão rápida e eficiente que apure de modo ágil os dados necessários para as tomadas de decisão. A partir de um trabalho bem-feito, há maior possibilidade de sucesso ao gerar insights e mudanças no fluxo de distribuição.
Ou seja, uma gestão eficiente aliada à automatização de processos garante diversos benefícios ao fornecedor e aos varejistas, como:
- padronização de indicadores de medição;
- alinhamento estratégico;
- simplificação e rapidez de processos;
- eliminação de retrabalho;
- integração de dados;
- geração de relatórios de performance.
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Para finalizar, precisamos falar sobre o processo de implementação do VMI na rotina operacional das empresas. Até porque, mudanças impactam diretamente o trabalho de diversos colaboradores.
Por isso, antes de investir no uso do VMI, tire um tempo para reestruturar os setores, direcionando-os à nova realidade e ao alinhamento estratégico empresarial.
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