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Quais são os maiores desafios de sourcing a serem enfrentados atualmente?

Written byLeo Cavalcanti

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August 14, 2022

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No primeiro episódio do podcast Procurement Hero da Linkana, Leo Cavalcanti, CEO e um dos cofundadores da empresa de software de gestão de fornecedores, conversou com Renan Rosauro, Head of Procurement da BASF, companhia química alemã global e líder mundial na área química.

O bate-papo teve como ponto principal identificar e debater sobre os maiores desafios de sourcing no momento, bem como os riscos na cadeia de fornecedores que ainda precisam ser  superados pelos gestores da área.

Renan Rosauro chamou a atenção para o fato que estamos vivendo uma das maiores crises no cenário logístico mundial, sendo boa parte dessa atual dificuldade decorrente da pandemia vivida nos últimos dois anos.

O reflexo desse período foi um grande desbalanço entre oferta e demanda, sendo que, do ponto de vista do Head of Procurement da BASF, a demanda se sobressaiu à oferta. 

Questões como falta de contêineres, de navios, ou mesmo de fechamento de portos deixaram o fluxo das cadeias de abastecimento das empresas muito mais complexo e complicado.

No caso da BASF, pontualmente, estratégias que estavam sendo desenhadas para a área de supply chain, com implementação em médio e longo prazo, deixaram de ser prioridade da companhia e deram espaço para a resolução dos novos desafios de sourcing que surgiram.

O convidado deste primeiro podcast também destacou outros dois importantes pontos que  comprometem a formação de uma boa cadeia de fornecedores: a guerra entre Rússia e Ucrânia, e a importância de fechar parceria com terceiros que realmente adotam práticas de ESG compatíveis com a cultura e ideais da companhia contratante.

Siga a leitura deste artigo e confira, agora, os destaques da conversa entre Leo Cavalcanti e Renan Rosauro sobre os maiores desafios de sourcing que os negócios estão enfrentando atualmente e como resolvê-los.

Os dois principais desafios de sourcing no momento

Quando questionado sobre o que está impactando as empresas na formação de suas redes de abastecimento, Rosauro jogou luz sobre duas questões em especial:

  • os eventos mundiais caracterizados pela pandemia da Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia;

  • a importância da promoção da sustentabilidade entre parceiros de negócio.


Eventos mundiais (pandemia e guerra)

A pandemia tem perdido mais força a cada dia. A retomada econômica está acontecendo já há algum tempo e os setores econômicos estão adotando uma série de medidas para se reerguerem.

No entanto, ainda que o período mais intenso tenha passado, o reflexo dos meses de lockdown, realizado no mundo inteiro, ainda pode ser sentido. Somado a isso, há a guerra que não finalizou, a qual abre um cenário forte de incertezas.

"Análise de risco, análise de risco logístico, de matéria-prima, desenvolvimento de fornecedores. Eu acho que foi muito pesado nesses últimos dois anos em relação a isso. E agora, mais recentemente, o caos que ainda não terminou. 

Esses caos da pandemia segue se arrastando, somado ao da guerra. Isso realmente está mexendo bastante com o mercado e impactando nos preços. Com incertezas, a gente desenha cenários e mais cenários. 

Então, resumindo, acho que esses últimos dois, três anos, foram muito voltados a parte de segurança de suprimento, na qual tivemos que atuar, que é um dos papéis de compras, não é? 

Você tem que entregar custo, eu acho que é óbvio, mas que também entregar o volume, é superimportante. Nós não paramos nenhuma fábrica, mas foi a custo de muito suor e cabelo branco, então, foi intenso", destacou Rosauro.

Qual o período mais impactante para a cadeia de suprimentos?

Durante o bate-papo sobre os atuais desafios de sourcing, Cavalcanti perguntou a Rosauro se as iniciativas tomadas pela BASF durante a pandemia estão ajudando agora em relação à guerra, ou se, pelo menos, se houve uma atenuação dos problemas enfrentados neste momento. 

Inclusive, em comparação aos dois eventos, ele questionou qual afetou mais a cadeia de suprimentos da companhia.

"No balanço, eu ainda acho que a pandemia foi pior. Quando passamos por esse período, tinha fechamento de portos. Principalmente ali na Ásia, os portos chineses, eles ainda estão com essa história de zero Covid. Então basta um, dois, três casos eles fazem um lockdown naquela região.

Então, a dificuldade de conseguir um material naquela época era muito grande. O desenvolvimento de novos fornecedores naquele período foi um imenso critério de avaliação robusta desses fornecedores.

Agora estamos colhendo um pouco desse resultado, porque a guerra, efetivamente, ainda não trouxe nenhuma grande questão de suprimento que não seja preço e incerteza.

Ainda não estão faltando grandes coisas, tudo é muito incerto. E se a Rússia e a Ucrânia anunciarem que estão próximas de chegar a um acordo e as coisas melhoram? E se alguém fizer uma coisa errada ali na negociação e as coisas pioram? Então ainda está tudo muito indefinido. Por isso acho que são coisas um pouco diferentes. 

No passado, a gente trabalhava com uma incerteza em relação a disponibilidade de matéria-prima, disponibilidade de logística. Hoje, a gente está em um cenário em que a incerteza dessa situação é muito maior, mas estamos um pouco mais preparados, porque o nosso portfólio de fornecedores foi desenvolvido nestes últimos 2 anos". 

Importância da promoção da sustentabilidade

A BASF sempre teve um comprometimento muito real, concreto e verdadeiro no que se refere à sustentabilidade. O CEO da Linkana, durante o bate-papo, lembrou que em 2019, já havia se surpreendido com a maturidade da companhia quanto à abordagem dada a esse tema. 

Do ponto de vista dele, indústrias que têm um impacto ambiental maior já capitaneavam ações voltadas para ESG antes mesmo do posicionamento que vemos hoje. A BASF, inclusive, tem uma série de programas e iniciativas para essa área. 

Entretanto, com os novos desafios de sourcing que surgiram, a dúvida que fica é como a companhia está lidando com a agenda Environmental, Social and Governance, considerando ainda que esse é outro fator primordial de análise na hora de contratar terceiros.

Sobre isso, Rosauro explicou: 

"O próprio logo da BASF é 'Nós criamos química para um futuro sustentável, e isso tem anos a fio. Então a gente realmente vive isso aqui dentro. 

A companhia foi uma das fundadoras da Together for Sustainability (TfS), com uma série de outras indústrias químicas que visa justamente buscar na cadeia de suprimentos auditorias e condições realmente corretas em relação ao ESG de como os fornecedores têm que atuar.

Por isso, essa é uma agenda constante. Faz uns bons anos que eu já vejo isso sendo discutido aqui. A gente já está bem avançado nesse critério, bem na parte que você falou, mesmo na parte verde do ESG, acho que é onde a gente realmente estava muito avançado. 


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Como garantir uma cadeia de suprimentos sustentável?

A preocupação com a sustentabilidade da cadeia de fornecedores deve ser  inerente a todas as empresas, independentemente do seu porte ou segmento.

No que se refere à importância da análise dos critérios de ESG na hora de escolher fornecedores, Rosauro lembra que negligenciar esse ponto só aumenta os riscos. Por isso, tudo que estiver relacionado a essa área deve integrar a análise de qualificação do fornecedor. Indo mais adiante, ele cita que é importante que essa rede assuma esse papel e passe adiante.

"Essa é a função da cadeia, na verdade. Nós desenvolvemos um fornecedor, o ensina a desenvolver um fornecedor dele, e assim vai. 

Isso tem que ser multiplicado. Quando pensamos em análise de risco e sustentabilidade, não existe nada mais impactante que seja feito de um business que nasça na área de compras. Para a gente é chave, para que tudo dali para frente seja realmente considerado sustentável.

É um elo muito importante para nós e, agora, estamos em uma fase muito grande de desenvolver questões de carbon footprint, no qual já passamos por uma onda de auditorias, e por uma de analisar os fornecedores. 

Agora estamos indo mais para o fundo, justamente para pegar a pontualmente nas questões mais de KPI mensuráveis e realmente contribuir com as metas de carbono zero que a BASF tem anunciado no mercado"

Achou essa conversa interessante? Então aproveite para ouvi-la na íntegra agora mesmo!

https://open.spotify.com/episode/7oKWK0Kqqouw8mgSNuD8Al?si=d9bc661576734fa7


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