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Previsão de demandas: como calcular? GUIA COMPLETO!

A previsão de demanda é uma atividade de cálculo e estimativa da necessidade de abastecimento de uma empresa. O objetivo é garantir o atendimento do volume de pedidos dos clientes. Para obter o resultado, os gestores devem considerar dados como histórico de vendas do negócio e tendências de mercado.
Fazer a análise de demanda do seu negócio é importante por diversos motivos. Entre os principais estão evitar gastos desnecessários e a ruptura de estoque, situação que acontece quando um produto fica indisponível para venda.
Além de aprimorar a gestão de compras e torná-la mais eficiente e estratégica, a previsão de demanda reduz o desperdício de materiais e maximiza o orçamento.
Essas são apenas algumas vantagens de estimar quanto de insumos, matérias-primas e quais serviços terceirizados a sua empresa precisa para funcionar sem interrupções.
Siga a leitura para conhecer os outros benefícios, como calcular a previsão de demanda e quais são os melhores métodos.
O que é previsão de demanda?
A previsão de demanda é uma projeção da necessidade de abastecimento de uma empresa. Trata-se de uma estimativa que os gestores e seus times montam com base em informações de mercado e de resultados e experiências do negócio em períodos anteriores.
Com o papel de oferecer às equipes uma ideia do que virá nos próximos meses, esse tipo de antecipação tem por objetivo orientar as tomadas de decisões, respaldar o planejamento produtivo e aprimorar a gestão de compras.
Apesar da importância da análise de demanda, é fundamental considerar que os resultados apontam possibilidades, suposições e estimativas. Dessa forma, os profissionais de compras e procurement devem considerar diversos fatores antes de usá-la como base para as deliberações.
Neste ponto, o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca que, em períodos de instabilidade econômica, diversos fatores sofrem variações, principalmente os originários de ambientes externos.
Logo, é preciso tratar a previsibilidade de demanda como uma bússola para nortear ações e planejamentos, e não como uma fonte inquestionável de embasamento.
Sugestão de leitura para você: “Como usar a tomada de decisão baseada em dados na sua empresa e ter resultados satisfatórios?”
Para que serve a previsão de demanda?
Apesar de muitos profissionais associarem a previsão de demanda com vendas (o que abordaremos em mais detalhes abaixo), o objetivo, neste caso, é facilitar o entendimento sobre o potencial do mercado e as possibilidades de expansão para decisões melhores e mais confiáveis.
Significa que, ao entender que a procura dos clientes por um determinado produto ou serviço aumentará no futuro, fica muito mais fácil definir um plano de ação para as operações da empresa, a fim de absorver o novo cenário.
Além disso, a previsão da demanda possibilita:
determinar o orçamento da produção, bem como a produção em si;
planejar a necessidade de suprimentos e mão de obra adicional;
aprimorar o cálculo de custos com matéria-prima e insumos;
fazer previsões financeiras mais próximas da realidade;
programar atividades de marketing;
evitar a subprodução ou a superprodução;
melhorar estratégias de precificação.
9 vantagens da previsão de demanda
Achou interessante? Então, confira algumas das vantagens da previsão de demanda para a sua empresa:
aprimoramento da gestão de estoque;
melhora do controle orçamentário;
redução de perdas financeiras e de desperdício de materiais;
tomadas de decisão mais precisas decorrentes do embasamento em dados;
aumento do nível de satisfação dos clientes pela minimização de rupturas de estoque;
ganho da eficiência operacional e logística;
alinhamento da área de compras com outros setores, como produção, marketing e vendas;
otimização da cadeia de suprimentos;
estreitamento do relacionamento com os fornecedores ao, por exemplo, evitar desentendimentos e desacordos comerciais.
Dica! Leia também o artigo: “Relacionamento estratégico com fornecedores: como construir um sólido?”
Qual a diferença entre previsão da demanda e previsão de vendas?
A principal diferença entre previsão de demanda e previsão de vendas é que a primeira tem como base o comportamento do consumidor, particularidades sazonais e expectativa de crescimento do mercado; já a segunda tem como foco apontar a estimativa de receita para um determinado período.
Na prática, significa que a previsão de demanda vai além das vendas, pois olha para o mercado de maneira macro, a fim de encontrar oportunidades e ajudar gestores e times de compras e procurement a tomarem decisões de grande impacto corporativo.
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Como calcular a previsão de demanda?
O processo de como calcular a previsão de demanda inclui, principalmente, o levantamento de dados históricos da empresa e a análise do mercado. Portanto, é preciso visitar o passado para compreender o futuro.
Assim, os responsáveis pela gestão de compras devem analisar os resultados anteriores e a curva de crescimento da empresa, a fim de identificar se há potencial para o aumento da demanda.
Se no ano anterior houve o lançamento de um novo produto que exigiu a compra de mais matéria-prima, por exemplo, é preciso verificar como está a procura dos clientes pela novidade no momento, e também critérios como a movimentação do mercado e a situação econômica em geral.
Cabe ainda considerar fatores internos do negócio, a exemplo de planejamento orçamentário e ações de marketing.
Com a apuração finalizada, o time de compras saberá se vale a pena adquirir mais matéria-prima, quando e em qual quantidade. Desse modo, alinha a atuação do setor ao plano estratégico das outras áreas da empresa, o que contribui para maximizar resultados e esforços.
Sugestão de leitura: “Compras estratégicas: implemente na sua empresa em 6 passos!”
Como é feita a previsão de demanda: 5 passos principais
Com todas essas informações em mente, resta apenas você entender como é feita a previsão de demanda.
Cada gestor tem liberdade para determinar um fluxo específico para a empresa que administra. Porém, em linhas gerais, o passo a passo inclui:
definir o objetivo da estimativa;
coletar os dados necessários;
escolher o método de previsão;
determinar o horizonte temporal;
estimar e interpretar os dados.
Vamos aos detalhes?
1. Definir o objetivo da estimativa
Definir o objetivo da análise de demanda tem o mesmo peso que o estabelecimento de metas, pois ajuda a nortear ações e mostrar aos profissionais o que a companhia espera alcançar.
No caso da previsão de demanda, o propósito pode ser conquistar melhorias em longo, médio ou mesmo curto prazo — por exemplo, reduzir custos até uma data determinada ou construir relacionamentos duradouros com os fornecedores.
Deve-se estabelecer o objetivo com base em critérios como segmento de mercado, demanda global de produtos similares e item específico da empresa.
Também é importante determiná-lo antes de começar o processo de previsão da demanda, pois afeta a direção da pesquisa.
Para facilitar a compreensão, suponhamos que uma empresa de roupas de banho deseje saber a demanda por biquínis na Inglaterra para os próximos anos, devido às mudanças climáticas. O objetivo influencia diretamente os dados que o time de compras precisa para prever o abastecimento, concorda?
2. Coletar os dados necessários
Com o propósito definido, o passo seguinte é a coleta de dados. No caso do nosso exemplo, uma opção para entendermos o mercado é selecionar um grupo de ingleses que costuma usar biquínis e outro que não utiliza e aplicar um questionário sobre a intenção de compra.
Como se trata de uma previsão mais longínqua, pode-se reaplicar a pesquisa algumas vezes para entender quais mudanças ocorreram com os participantes nos períodos apurados.
3. Escolher o método de previsão
Existem vários métodos de previsão de demanda, como:
métodos qualitativos: consideram informações subjetivas, como:
metodologia Delphi;
ponto de vista de especialistas;
tendências de mercado;
opinião de clientes;
simulações de cenários;
métodos quantitativos: têm como base estatísticas e dados históricos, por exemplo:
médias móveis;
análise de séries temporais;
regressão linear;
regressão simples;
suavização exponencial.
A escolha do mais adequado depende do objetivo da análise de demanda da sua empresa.
4. Determinar o horizonte temporal
O horizonte temporal é o período que os responsáveis pela gestão de compras consideram para a previsão de demanda. Há três tipos.
curto prazo: abrange dias, semanas ou meses. Ideal para operações diárias como controle de estoque e programação de produção;
médio prazo: dura de alguns meses até um ano. Tem como foco planejamentos táticos, a exemplo de ajustes na capacidade produtiva da empresa para atender períodos sazonais;
longo prazo: superior a um ano. Comumente utilizado em decisões estratégicas abrangentes, como expansão da atuação da empresa no mercado e desenvolvimento de novas soluções.
A escolha do horizonte temporal é crucial para a veracidade da análise, pois é necessário alinhá-lo ao período, ao objetivo e ao método que o gestor e seu time escolheram.
Sugestão de leitura: “Planejamento de suprimentos: conheça as 6 melhores práticas!”
5. Estimar e interpretar os resultados
O último passo consiste em interpretar os dados para estimar a necessidade de abastecimento para os próximos meses ou anos. A leitura das informações e a extração de insights variam conforme o método de previsão de demanda que você escolheu.
Nesta etapa final, sugere-se reunir profissionais de finanças e da cadeia de produção para que entendam o impacto da previsibilidade na empresa.
A participação dos fornecedores no processo também é essencial, já que a mudança no volume de aquisições e pedidos reflete diretamente no fluxo de abastecimento e é preciso confirmar a capacidade de atendimento desses parceiros comerciais.
Como a previsão de demanda é uma das partes do relacionamento com os fornecedores que requer compreensão, diálogo e alinhamento de estratégias e expectativas, é fundamental ter na sua supply chain empresas comprometidas, confiáveis e que ofereçam um trabalho sério e de qualidade.
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