Compras colaborativas: por que adotar? 7 vantagens!

As compras colaborativas são uma estratégia de aquisição de insumos, matérias-primas ou contratação de serviços na qual duas ou mais empresas se unem para conseguir condições melhores junto aos fornecedores, a exemplo de volumes maiores, redução do preço ou condições de pagamento mais favoráveis.

Trata-se de uma abordagem interessante para companhias com necessidades de abastecimento similares, porém, que têm pouco poder de negociação com as empresas fornecedoras.

Assim, ao juntar as requisições, é possível obter economia de escala e aumentar a eficiência nas aquisições. 

Como é possível? Siga a leitura e entenda, em detalhes, o que é um modelo de compras colaborativas, como funciona, as vantagens e como implementar no seu negócio.

O que são compras colaborativas?

As compras colaborativas são uma forma de aquisição de produtos e/ou serviços na qual empresas com necessidades de abastecimento semelhantes se unem para elevar o potencial de negociação com os fornecedores. É uma ótima estratégia principalmente para negócios de pequeno porte que precisam otimizar a cadeia de suprimentos.

Diversos setores podem adotar um modelo de compras colaborativas, como educação, saúde, agricultura e varejo. 

Nesse contexto, é fundamental alinhar necessidades semelhantes de matérias-primas, insumos e serviços, estabelecendo parâmetros que garantam eficiência nas aquisições e promovam a redução de custos para todos os parceiros envolvidos.

Sugestão de leitura: “Gestão de pedidos de compras: quais as 5 melhores práticas?”

7 vantagens das compras colaborativas para as empresas

Adotar um modelo de compras colaborativas é interessante porque gera para o seu negócio vantagens como:

1. melhor aproveitamento dos recursos financeiros, com potencial de diminuir gastos com abastecimento;

2. economia de escala, que é a redução do custo médio de produção à medida que a quantidade produzida aumenta;

3. mais poder de negociação, principalmente pela aquisição de volumes maiores de insumos;

4. acesso a empresas fornecedoras de grande porte, mais inovadoras, o que reflete no potencial competitivo da sua companhia;

5. melhoria da qualidade dos insumos e, consequentemente, das soluções que a sua companhia vende aos clientes finais;

6. otimização da gestão de estoque e redução do risco de ruptura;

7. construção de parcerias estratégicas com os fornecedores.

Entenda a importância do último benefício no artigo: “Relacionamento estratégico com fornecedores: como construir um sólido?”

Como funcionam as compras colaborativas?

Há mais de um modelo de compras colaborativas. É possível, por exemplo, fechar acordos somente entre duas empresas ou criar consórcios que incluam diversas companhias.

Todavia, independentemente da quantidade de negócios envolvidos, é crucial considerar e ponderar sobre pontos, como:

• identificação de necessidades de abastecimento em comum;

• fluxo logístico, prazos e ritmo de distribuição;

• definição de padrões de qualidade;

• conformidade com leis gerais e específicas do ramo de atuação das empresas compradoras;

• escolha de representantes para negociar diretamente com os fornecedores;

• estabelecimento de cláusulas contratuais entre as companhias e entre os negócios e os fornecedores;

• determinação de parâmetros de monitoramento de cumprimento de contrato e de avaliação de desempenho dos fornecedores.

Pense que, ao contrário de fazer compras individuais para a sua empresa, é preciso alinhar os seus interesses aos de outra companhia, o que inclui questões como prazos de entrega e valores.

Portanto, antes de adotar um modelo de compras colaborativas por conta das vantagens, avalie os prós e os contras, o impacto no seu fluxo de abastecimento, na rotina de produção e o custo-benefício que a estratégia pode gerar.

Desafios e cuidados na implementação das compras colaborativas

Nessa linha de raciocínio, o alinhamento de necessidade de abastecimento é um dos principais desafios dessa forma de aquisição. Estes são outros bastante comuns:

• problemas na comunicação e na troca de informações;

• dificuldade de coordenação do fluxo logístico;

• estabelecimento de níveis de qualidade;

• proteção de dados;

• gerenciamento de riscos;

• garantia de compliance em todas as etapas;

• distribuição de responsabilidades.

Uma das melhores estratégias para resolver conflitos assim é por meio de conversas transparentes e sinceras entre os representantes das empresas compradoras. 

É fundamental que cada profissional traga para a discussão um planejamento de compras devidamente elaborado e aprovado, com critérios claros sobre as regras, necessidades, políticas e valores da companhia, a fim de comparar com os demais e, juntos, chegarem a um consenso favorável a todos.

Em seguida, é essencial registrar os pontos acordados em um contrato para evitar desentendimentos e prejuízos futuros.

Este artigo pode ajudar você: “Gestão de contratos: como fazer corretamente? 5 dicas!”