ESG

Greenwashing de fornecedores: como identificar e evitar?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

14 de setembro de 2025

14 de setembro de 2025

14 de setembro de 2025

Greenwashing é a prática de mascarar ações ambientais ineficazes ou insuficientes com discursos sustentáveis. Na gestão de fornecedores, ocorre quando as empresas  simulam compromissos ESG para fechar contratos, sem implementar mudanças reais. Esse comportamento compromete a integridade da cadeia e gera riscos reputacionais.

Ao lidar com parceiros de abastecimento que agem dessa forma, quem contrata assume ameaças ocultas que podem resultar em penalidades regulatórias, danos à imagem institucional e perda de credibilidade diante de investidores, clientes e órgãos de controle.

Além disso, o uso de dados falsos ou omissos compromete a precisão dos relatórios de sustentabilidade e distorce os indicadores ESG da empresa.

Por outro lado, fornecedores sustentáveis agregam valor estratégico à cadeia, pois atuam com transparência, cumprem normas socioambientais e fortalecem o compromisso do contratante com a responsabilidade corporativa.

Essa postura não apenas mitiga riscos, mas também contribui para uma governança ambiental mais robusta e coerente com as metas de compliance.

Contudo, para obter benefícios assim, é fundamental saber como identificar o greenwashing na cadeia de suprimentos. Neste artigo, explicaremos o passo a passo. Confira!

Principais aprendizados:

  • Na cadeia de suprimentos, o greenwashing (lavagem verde) acontece quando fornecedores simulam práticas sustentáveis sem comprovação real.

  • Essa prática gera riscos reputacionais e compromete a confiabilidade dos indicadores ESG da empresa que os contrata.

  • Identificar práticas de lavagem verde requer cruzar informações declaradas com evidências, ações na rotina empresarial e certificações ambientais.

  • A falta de verificação contínua enfraquece a gestão de riscos e potencializa perdas financeiras e reputacionais.

  • Sistemas de gestão de fornecedores, como o da Linkana, auxiliam no monitoramento ativo e na análise confiável de riscos ESG.

O que é greenwashing e por que representa um risco para sua empresa?

Greenwashing consiste na apresentação de um suposto compromisso de um negócio com práticas ambientais, sociais e de governança sem de fato executá-las. No contexto da cadeia de suprimentos, acontece quando fornecedores criam campanhas, selos ou relatórios para parecerem sustentáveis, mas, na realidade, executam processos que desrespeitam os critérios ESG.

Essa conduta representa um risco para a sua empresa, pois impacta negativamente as tomadas de decisão. Afinal, o time de compras e procurement terá como base para as escolhas informações falsas. Assim, há chances de contratar um fornecedor inidôneo em detrimento de um honesto e que traria real valor para a cadeia de suprimentos.

Infelizmente, a “lavagem verde”, nome em português para essa prática, não é rara no nosso país. Segundo a pesquisa da Market Analysis Brasil, 81% dos dois mil produtos que analisou traziam dados enganosos relacionados ao meio ambiente.

O levantamento também revelou que um dos “pecados” dessa conduta é o custo ambiental camuflado, tipo de omissão que causa impactos significativos na cadeia de produção.

Na gestão de fornecedores, o reflexo dessa inverdade afetaria diversos pontos, como rastreabilidade dos processos, conformidade com legislações ambientais e credibilidade dos relatórios ESG.

Por motivos como esses, é tão importante saber como identificar o greenwashing. Somente assim consegue-se garantir a reputação corporativa e a governança ambiental por meio da contratação de fornecedores sustentáveis.

Dica de leitura: “Tudo sobre fornecedores verdes: por que é importante contratá-los?

Como o greenwashing pode afetar a reputação e os indicadores ESG?

A prática da lavagem verde pode afetar a reputação corporativa e os indicadores ESG de uma empresa porque, quando uma organização associa sua marca a parceiros que atuam de maneira enganosa, responde por essas irregularidades direta ou indiretamente. A fiscalização regulatória tende a responsabilizar toda a cadeia, não apenas quem cometeu a infração.

Além disso, essa conduta diminui a confiança dos stakeholders e a seriedade da governança ambiental, o que compromete relacionamentos comerciais e o faturamento.

No que se refere especificamente aos indicadores ESG, há prejuízo na qualidade e confiabilidade das informações sobre o desempenho ambiental, social e de governança da cadeia de suprimentos.

Ao tomar como base dados falsos, os relatórios perdem credibilidade, deixam de refletir a realidade da operação e afetam seriamente as tomadas de decisão, o que pode levar a perdas finais e maior impacto reputacional.

Aproveite e leia também: “Entenda a importância da governança ESG para a sua empresa

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Sinais de alerta: como identificar o greenwashing entre fornecedores?

Para identificar greenwashing entre fornecedores, o ideal é comparar as informações que o potencial parceiro de abastecimento apresentou com evidências. Significa, portanto, verificar se os dados batem com documentos oficiais, certificações válidas, auditorias externas, rotinas de trabalho recorrentes e registros públicos.

Alguns exemplos de sinais de lavagem verde são:

  • uso de selos ambientais sem certificação reconhecida;

  • declarações genéricas, como “ecologicamente correto”, sem comprovação;

  • ausência de relatórios ESG auditados ou com dados consistentes;

  • mudança repentina no discurso sustentável sem histórico de ações concretas;

  • falta de políticas ambientais documentadas e aplicadas;

  • resistência em fornecer documentos de conformidade ou evidências práticas;

  • divulgação de metas ambientais sem plano de ação ou definição de prazos;

  • informações conflitantes entre o material de marketing e as ações operacionais.

A melhor forma de levantar e comparar essas informações é por meio de um sistema próprio para essa finalidade, como o Linkana ESG Rating.

Essa ferramenta analisa automaticamente os riscos dos indicadores socioambientais e de governança a partir das informações que a empresa fornecedora apresenta. Veja como funciona!

7 boas práticas para evitar o greenwashing na cadeia de suprimentos

Para evitar a prática de lavagem verde na cadeia de suprimentos da sua empresa, considere adotar estas ações:

  1. Exija certificações reconhecidas: solicite comprovantes de emissão de selos de instituições sérias e com critérios auditáveis, como ISO 14001 (gestão ambiental) e FSC (cadeia de custódia da madeira), conforme o setor;

  2. Aplique critérios ESG no processo de homologação: inclua requisitos ambientais, sociais e de governança como parte da avaliação de fornecedores;

  3. Realize auditorias periódicas: se a localização permitir, visite instalações, revise práticas in loco e mantenha uma rotina de verificação independente, ainda que virtual;

  4. Monitore a consistência do discurso e da prática: analise se o que o fornecedor divulga é compatível com suas ações no dia a dia;

  5. Evite decisões baseadas somente em marketing verde: desconsidere fornecedores que tentam justificar a atuação sustentável apenas com campanhas publicitárias;

  6. Inclua cláusulas ESG nos contratos: formalize o compromisso com práticas sustentáveis e defina penalidades em caso de descumprimento;

  7. Use ferramentas de automação: como a SRM da Linkana, que otimiza o processo de homologação e, entre as diversas funcionalidades, realiza o controle e a atualização de vencimento de informações automaticamente, com emissão de alertas de pendências em tempo real.

Como a Linkana apoia a detecção de práticas enganosas e riscos ESG na cadeia de suprimentos?

A Linkana apoia a detecção de práticas enganosas e riscos ESG na cadeia de suprimentos ao oferecer um SRM que integra dados e realiza análises aprofundadas automaticamente.

Com o Linkana ESG Rating, plataforma que avalia o desempenho socioambiental dos fornecedores com base em informações confiáveis, você e seu time identificam de maneira rápida e prática inconsistências e possíveis sinais de lavagem verde na supply chain.

Dessa forma, garantem a contratação de fornecedores sustentáveis e fortalecem a reputação corporativa e a governança ambiental do seu negócio.

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FAQ

O que é greenwashing e como se manifesta nos fornecedores?

Trata-se da divulgação falsa ou exagerada de práticas sustentáveis. Entre fornecedores, manifesta-se por meio de selos sem validade técnica, ausência de evidências concretas e relatórios ESG inconsistentes para parecerem sustentáveis, mas não têm mudanças reais nos processos.

Como identificar se um fornecedor pratica greenwashing?

Para identificar se um fornecedor realiza essa prática, é essencial comparar as informações com documentos oficiais, certificados válidos e realizar auditorias periodicamente. Além disso, é fundamental atentar-se a diferentes sinais, como discursos genéricos, falta de transparência, selos autodeclarados e ausência de comprovações práticas que confirmem as ações ambientais e sociais.

Quais os riscos de contratar fornecedores que fazem greenwashing?

Contratar fornecedores que praticam a lavagem verde expõe a empresa a riscos legais, perdas financeiras e danos à reputação. Também compromete a qualidade dos indicadores ESG, reduz a confiança dos stakeholders e pode resultar em sanções regulatórias, auditorias negativas e perda de oportunidades de investimento.

Como evitar o greenwashing na cadeia de suprimentos?

Para evitar essa prática, é importante exigir certificações reconhecidas, validar as informações, aplicar critérios ESG rigorosos na homologação, realizar auditorias regulares, monitorar a consistência das práticas e incluir cláusulas contratuais específicas que garantam a transparência e a responsabilidade ambiental.

Quais ferramentas ajudam a monitorar riscos ESG nos fornecedores?

Sistemas de Gestão de Relacionamento com Fornecedores (SRM), como o Linkana, oferecem monitoramento ativo, avaliação baseada em dados verificados e alertas em tempo real. Essas ferramentas facilitam a análise do desempenho ESG, identificam riscos e garantem mais controle sobre a integridade da cadeia de suprimentos.

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