Gestão de fornecedores
Natureza jurídica de fornecedores: qual a importância?

A natureza jurídica de fornecedores refere-se ao tipo de estrutura legal sob a qual uma empresa ou profissional atua no mercado. Essa classificação determina as obrigações fiscais, trabalhistas e regulatórias, e impacta diretamente nos contratos, tributações e relações comerciais.
Ter essa informação é essencial para garantir segurança nas negociações e evitar riscos financeiros e legais para a rede de abastecimento da sua empresa. Um dos motivos é que essa categorização também aponta a capacidade operacional do fornecedor.
Além disso, impacta em diversos outros critérios, como compliance, segurança contratual e gerenciamento de riscos.
Neste artigo, explicaremos o que é natureza jurídica, quais tipos existem, como é a escolha dessa categoria e onde encontrar essa informação para aprimorar a gestão de fornecedores da sua empresa. Confira!
O que é natureza jurídica?
A natureza jurídica é a classificação legal que define a estrutura, as responsabilidades e as obrigações fiscais, tributárias e trabalhistas de uma empresa. Esse enquadramento determina como o negócio pode atuar no mercado, suas regras de funcionamento e a forma de participação dos sócios.
Atentar-se a essa classificação durante o processo de contratação de fornecedores e gestão de compras é importante porque garante segurança jurídica, conformidade fiscal e evita riscos financeiros.
A natureza jurídica dos fornecedores reflete diretamente na responsabilidade contratual desse parceiro comercial, na tributação sobre transações comerciais e na capacidade de prestação de serviços ou fornecimento de produtos.
Além disso, conhecer esse enquadramento ajuda a evitar fraudes, inadimplência e problemas regulatórios e torna a gestão de fornecedores mais estratégica e eficiente.
Sugestão de leitura: “Como fazer consulta de situação cadastral de uma empresa?”
Quais são os tipos de natureza jurídica?
Saber quais são os tipos de natureza jurídica de fornecedores é fundamental na hora da contratação. Atualmente, há cinco principais categorias ativas no Brasil:
Microempreendedor Individual (MEI);
Empresário Individual (EI);
Sociedade Limitada (LTDA);
Sociedade Limitada Unipessoal (SLU);
Sociedade Anônima (S/A);
Veja, a seguir, o que são, como funcionam e as vantagens e desvantagens de cada uma.
Microempreendedor Individual (MEI)
O Microempreendedor Individual (MEI) é um modelo empresarial de pequeno porte para indivíduos e negócios que faturam até R$ 81 mil por ano.
Possibilita o registro de um funcionário e tem como vantagens:
tributação simplificada com pagamento único mensal;
isenção de impostos federais, como IRPJ, PIS, Cofins, IPI e CSLL;
processo de abertura rápido e barato.
Entretanto, tem faturamento limitado, não permite mais de um sócio e conta com restrições quanto ao tipo de atividade.
Empresário Individual (EI)
O Empresário Individual (EI) é uma modalidade empresarial na qual uma pessoa física abre um negócio no próprio nome, sem separação entre o patrimônio pessoal e empresarial. Significa que o proprietário responde ilimitadamente pelas dívidas da empresa.
Uma das vantagens é aceitar mais atividades econômicas do que o MEI. Por outro lado, exige capital social elevado e tem custos altos com impostos, a depender do regime tributário que o empreendedor escolher.
Sociedade Limitada (LTDA)
A Sociedade Limitada (LTDA) consiste na formação de uma empresa por dois ou mais sócios, cuja responsabilidade financeira é limitada ao valor das cotas que cada um investiu.
Essa natureza jurídica protege o patrimônio pessoal dos sócios e permite uma gestão estruturada e flexível.
A exigência de um contrato social bem-estruturado para evitar conflitos e a burocracia para tomadas de decisão são pontos negativos dessa categoria que podem afetar a gestão de compras da empresa contratante.
Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma modalidade que permite a abertura de empresas por um único sócio, sem exigência de capital mínimo e com responsabilidade limitada ao capital que o fundador investiu.
Esse modelo substituiu a EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), natureza jurídica extinta em 2021, e oferece segurança patrimonial ao empresário, além de permitir atuação em diversas áreas de mercado.
Contudo, tem gestão administrativa complexa e tributação alta conforme o regime fiscal que o empreendedor escolher.
Sociedade Anônima (SA)
A Sociedade Anônima (SA) divide a empresa em ações, as quais podem ser abertas (com capital negociado na bolsa de valores) ou fechadas (restritas a um grupo de investidores).
É o modelo ideal para grandes companhias que buscam captação de investimentos. Todavia, exige a formação de um conselho de administração, a publicação de balanços financeiros periódicos, além de ter alto custo e burocracia para constituição e manutenção do negócio.
Aproveite e leia também: “Como consultar a razão social de uma empresa fornecedora?”
Como é escolhida a natureza jurídica?
Escolhe-se a natureza jurídica conforme estes critérios:
modelo de negócio;
número de sócios;
forma de tributação;
nível de responsabilidade patrimonial desejado;
porte da empresa;
necessidade de captação de investimentos;
riscos relacionados à atividade.
Assim, cada necessidade deve se encaixar ao que as categorias permitem e oferecem aos empreendedores.
Qual a importância da natureza jurídica de fornecedores?
A natureza jurídica de fornecedores é uma informação importante para a gestão de compras, porque:
aponta a responsabilidade legal: visto que estabelece os direitos e deveres do fornecedor, o que ajuda a evitar riscos contratuais e jurídicos;
impacta os custos: os impostos que os fornecedores pagam para manter suas empresas legalizadas tendem a influenciar o preço final dos produtos e serviços;
afeta a capacidade de negociação: alguns modelos empresariais são mais flexíveis quanto a prazos de pagamento ou concessões comerciais do que outros;
interfere na formalização contratual: conforme a natureza jurídica, o fornecedor pode ter restrições na emissão de documentos fiscais ou exigências específicas na assinatura de contratos;
garante conformidade com políticas internas: facilita verificar se o fornecedor atende aos critérios da sua empresa, como requisitos fiscais, trabalhistas e financeiros;
influencia a análise de risco: fator diretamente relacionado ao porte e à capacidade de faturamento da empresa fornecedora;
aprimora previsões: conhecer a natureza jurídica do fornecedor ajuda a prever desafios operacionais e estratégicos relacionados ao fornecimento.
Não deixe de ler: “As 5 vantagens da previsibilidade na gestão de fornecedores”
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Onde encontrar a natureza jurídica de fornecedores?
Se você tem dúvidas de onde encontrar a natureza jurídica de fornecedores, saiba que essa é uma informação disponível em diversas fontes, como Receita Federal e Junta Comercial. Os documentos que o parceiro comercial apresenta para a homologação, como contratos, estatutos e cartão do CNPJ também apresentam a classificação.
Outro caminho é por meio de sistemas de gestão de fornecedores, como o SRM da Linkana, que fornece acesso instantâneo às informações públicas de diferentes órgãos reguladores após o cadastro dos parceiros de abastecimento.
Independentemente de onde encontrar essa informação, tenha em mente que a natureza jurídica dos fornecedores impacta diretamente a gestão de compras, as negociações e a segurança jurídica da sua empresa.
Conhecê-la permite tomar decisões melhores, garantir conformidade fiscal e evitar riscos financeiros e reputacionais. Por esses motivos, é essencial avaliar essa informação com atenção e utilizar fontes confiáveis para uma gestão mais estratégica e segura, como o nosso software.
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