A implementação do SRM consiste em adotar um sistema de gestão de relacionamento com fornecedores para automatizar tarefas, aumentar a produtividade das equipes de compras e de procurement, fomentar a colaboração entre os setores da empresa e gerar valor estratégico para a cadeia de suprimentos.

Usar uma plataforma de SRM também ajuda a reduzir riscos e fortalecer parcerias estratégicas, pois a solução oferece uma visão completa do desempenho dos parceiros de abastecimento, com dados que embasam as tomadas de decisão, como os relacionados à compliance contratual, capacidade de resposta a crises e indicadores de sustentabilidade.

Contudo, para explorar todo o potencial de um sistema de gestão de fornecedores, o primeiro passo é garantir uma boa implementação do SRM. Isso porque, caso contrário, há grandes chances de comprometer a eficiência do processo, desperdiçar recursos financeiros e manter gargalos operacionais que a solução eliminaria.

Confira, neste artigo, o passo a passo de como implementar um SRM, os principais desafios dessa operação e como superá-los e realize um gerenciamento muito mais eficiente!

Principais aprendizados:

• A implementação do SRM automatiza processos e fortalece o relacionamento estratégico com fornecedores.

• Um bom planejamento, com metas claras e envolvimento das áreas, é essencial para o sucesso da implementação.

• A integração com sistemas existentes e o treinamento das equipes garantem adesão e uso eficaz da plataforma.

• Os principais desafios incluem resistência interna, complexidade dos processos e falta de dados estruturados.

• Medir indicadores, como tempo de onboarding, taxa de conformidade e nível de risco, facilita o acompanhamento dos resultados da adoção do sistema.

O que é SRM e por que implementá-lo agora?

SRM é a sigla para o termo em inglês Supplier Relationship Management, que no nosso idioma significa gestão de relacionamento com fornecedores. Trata-se de uma ferramenta estratégica que organiza, automatiza e analisa diversos dados e informações e, assim, ajuda a fortalecer as relações entre as empresas e seus parceiros de abastecimento.

Esse sistema de gestão de fornecedores cria uma base integrada para avaliação de performance, risco, valor agregado e alinhamento do contratado com os objetivos corporativos.

A implementação do SRM permite construir uma cadeia de suprimentos mais transparente, colaborativa, resiliente e orientada a resultados.

Com esse recurso, os profissionais de compras conseguem tomar decisões baseadas em dados, negociar com mais precisão, mapear oportunidades de economia e construir relacionamentos duradouros com os fornecedores.

Em quais áreas a implementação do SRM ajuda?

Implementar um sistema de gestão de fornecedores ajuda em diversas áreas. Do ponto de vista do compliance, por exemplo, o SRM oferece um ambiente seguro e auditável, com histórico de interações, processo de homologação automatizado e controle de vencimento de documentos e licenças.

Essa dinâmica evita contratações irregulares, minimiza riscos legais e reforça a governança em todo o processo de aquisição.

Já no pilar de ESG (Environmental, Social and Governance), a implementação do SRM facilita a seleção e o monitoramento de fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis, trabalho digno, diversidade e ética corporativa.

A plataforma de SRM facilita o rastreamento de certificações, a mensuração de indicadores ambientais e sociais, e garante que os parceiros estejam em conformidade com os compromissos de sustentabilidade da empresa que os contratou.

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Quais são os principais desafios na implementação do SRM?

Apesar de vantajosa, a implementação do SRM gera alguns desafios que podem comprometer os resultados, como:

• resistência interna: mudanças no modelo de trabalho podem provocar insegurança entre profissionais acostumados a realizar tarefas manuais e a ter responsabilidade exclusiva sobre as atividades;

• complexidade dos processos: a variedade de fornecedores, contratos e categorias de compras exige uma padronização que nem sempre está madura na empresa;

• integração com sistemas legados: softwares antigos ou desconectados dificultam a consolidação de informações e atrasam a adoção de um modelo integrado;

• falta de dados estruturados: registros incompletos ou descentralizados comprometem análises e decisões baseadas em performance real dos fornecedores.

Para solucioná-los, o ideal é definir um fluxo de implementação bem estruturado, com etapas claras, responsáveis definidos, metas alinhadas aos objetivos do negócio e envolvimento direto das áreas impactadas, como compras, jurídico, compliance e TI.

Dessa forma, estrutura-se um processo mais seguro e engajado que facilita a adoção do sistema de gestão de relacionamento com fornecedores na empresa.

Confira, no próximo tópico, como realizar com precisão a implementação do SRM passo a passo!

Como implementar um SRM? 5 etapas principais

Para implementar um SRM, é preciso realizar cinco etapas principais: planejamento, mapeamento de fornecedores, definição de critérios de avaliação, integração com outros sistemas e treinamento de times.

Entenda cada uma a seguir.

1. Planejamento

Esta é a etapa para definir o escopo, os objetivos estratégicos, os responsáveis e os prazos da implementação do SRM.

Também cabe incluir a análise dos processos atuais, definir metas mensuráveis, como indicadores de desempenho de fornecedores, redução de tempo nos ciclos de compras e aumento da taxa de entrega no prazo.

Além disso, é importante alinhar a mudança com as áreas envolvidas, como a jurídica e financeira, a fim de garantir aderência às normas da empresa, mitigar riscos legais e assegurar viabilidade orçamentária do projeto.

2. Mapeamento de fornecedores

É fundamental identificar todos os fornecedores ativos, classificá-los por tipos, categorias, risco e criticidade, além de registrar seus contratos e volumes negociados. Esse diagnóstico inicial revela gargalos, dependências e oportunidades de melhoria na base de suprimentos a partir de um processo de homologação automatizado.

3. Definição de critérios de avaliação

A terceira etapa consiste em estabelecer indicadores claros e objetivos que permitem comparar fornecedores com base na análise de seus desempenhos. Critérios, como qualidade, prazo de entrega, custo total, inovação, sustentabilidade e conformidade regulatória, são essenciais para decisões estratégicas e renegociações mais assertivas.

4. Integração com outros sistemas

Um SRM integrado aos sistemas que a empresa já utiliza, como ERP, plataforma de compras e ferramentas de BI, garante consistência e aproveitamento dos dados, reduz retrabalho e automatiza processos. Essa integração assegura uma visão única e atualizada de toda a rede de abastecimento.

5. Treinamento de times

A última etapa da implementação do SRM consiste em capacitar os usuários para garantir adesão e uso eficaz da solução.

Os treinamentos devem abordar tanto o uso técnico da plataforma quanto os novos fluxos de trabalho, com foco na cultura de gestão baseada em dados e no valor estratégico do sistema de gestão de fornecedores.

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Quais indicadores usar para medir o sucesso da implementação do SRM?

A mensuração dos resultados é essencial para validar a eficácia da implementação do SRM. Monitorar os indicadores certos permite corrigir falhas e comprovar o retorno da solução.

Estes são os principais KPIs que você deve verificar:

• tempo de onboarding: mede quanto demora para cadastrar um novo fornecedor, avaliá-lo e liberá-lo para integrar a cadeia de suprimentos. Reduções nesse indicador indicam processos mais ágeis e melhor integração entre as áreas envolvidas no processo de homologação;

• taxa de conformidade: avalia o percentual de fornecedores que cumprem os requisitos legais, contratuais e internos da empresa. Uma alta taxa demonstra controle, maturidade e adesão ao compliance;

• número de fornecedores homologados: monitora o volume de parceiros aprovados, conforme os critérios que a empresa definiu anteriormente. Esse KPI ajuda a identificar excesso de parceiros ou dependência;

• nível de risco médio: revela a exposição da empresa a riscos operacionais, legais, financeiros ou ambientais associados aos fornecedores. Quanto menor o resultado, maior a segurança da cadeia de suprimentos;

• índice de engajamento dos usuários: mensura a adesão dos profissionais ao uso da plataforma de SRM, e inclui frequência de acesso, atualização de dados e uso dos relatórios. Altos níveis indicam integração bem-sucedida e cultura orientada à gestão.

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