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Transformação digital na cadeia de suprimentos: como realizar?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

27 de junho de 2025

27 de junho de 2025

27 de junho de 2025

A transformação digital na cadeia de suprimentos consiste no uso de diferentes soluções tecnológicas — como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Big Data — para tornar a operação mais ágil, eficiente e conectada. Essa dinâmica permite, por exemplo, antecipar demandas, evitar rupturas e melhorar o atendimento ao cliente final.

Apesar da importância dessa mudança e do quanto ajuda no dia a dia e no crescimento das empresas, 80% da cadeia de suprimentos é desconsiderada nos atuais modelos de digitalização, segundo o Gartner.

Ter uma visão incompleta da supply chain afeta negativamente as tomadas de decisão, por mais que as ferramentas tecnológicas tenham potencial para melhorar as deliberações. Essa lacuna entre o que a tecnologia oferece e o que os tomadores de decisão realmente usam dificulta alcançar os objetivos da gestão da cadeia de suprimentos.

Assim, o uso errado das soluções é tão ruim para os resultados de uma companhia quanto a ausência desses recursos. Como resolver essa questão? Entender o que é, e o que não é, transformação digital na cadeia de suprimentos é o primeiro passo!

Neste artigo, falaremos todos os detalhes. Siga a leitura e confira!

O que é a transformação digital da cadeia de suprimentos (e o que não é)?

A transformação digital na cadeia de suprimentos consiste na adoção de diferentes tecnologias que substituem atividades manuais e, entre os diversos resultados, promovem a automação de processos logísticos, a otimização da gestão de estoque e o aumento da visibilidade de toda a supply chain, inclusive do gerenciamento de fornecedores.

Os recursos tecnológicos certos elevam a eficiência operacional do negócio, reduzem custos e fortalecem a tomada de decisão estratégica.

Porém, é fundamental destacar que a transformação digital na cadeia de suprimentos não se resume à adoção de ferramentas tecnológicas de forma isolada, com a implementação de um ou outro software para automatizar apenas alguns processos.

Adquirir um sistema novo para substituir planilhas ou digitalizar documentos, por exemplo, não caracteriza transformação digital na cadeia de suprimentos. Para efetivamente haver uma mudança, essas aquisições precisam fazer parte de uma estratégia ampla de inovação, eficiência e integração de ponta a ponta.

Logo, é necessária uma adequação estrutural da empresa, o que envolve modificações na cultura organizacional, análise de dados em tempo real, decisões baseadas em insights e foco no cliente, tudo embasado por tecnologia, a fim de orientar deliberações e ajudar a alcançar propósitos.

O artigo “Por que usar soluções integradas na cadeia de suprimentos?” tem dicas e informações que ajudam nessa estruturação. Confira!

Principais desafios antes da digitalização e por que se tornou urgente?

A ausência da digitalização afeta seriamente a gestão da cadeia de suprimentos. Um dos principais motivos é que deixa os processos morosos, obsoletos e desalinhados com o ritmo de mudança do mercado e do comportamento dos clientes finais.

Antes de uma empresa passar pela transformação digital na cadeia de suprimentos, é como os gestores e suas equipes lidam com desafios, como:

  • falta de integração entre sistemas: soluções isoladas dificultam a troca de informações, causam falhas na comunicação entre as áreas e os fornecedores, e tendem a gerar retrabalho e atrasos;

  • baixa visibilidade: sem dados em tempo real, os profissionais de compras e procurement não conseguem monitorar corretamente demandas, pedidos ou prever problemas no fluxo de abastecimento;

  • lentidão nos processos: realizar tarefas manualmente aumenta as chances de erros, a necessidade de refação e o fluxo das atividades;

  • aumento da complexidade logística: a falta de automação de processos logísticos deixa essa área mais difícil de gerenciar e aumenta as falhas que comprometem o relacionamento com fornecedores e clientes finais.

Dica de leitura: “Vale a pena investir em digitalização da cadeia de suprimentos?

Quais são os pilares da digitalização?

O primeiro passo para resolver essas questões e promover a transformação digital na cadeia de suprimentos é conhecer os pilares dessa mudança, que são:

  • dados: a digitalização começa com a captura e organização de dados confiáveis, pois são essenciais para monitorar processos em tempo real, identificar gargalos e embasar decisões com precisão. Sem dados estruturados, não há como evoluir para uma supply chain integrada e automatizada;

  • automação: automatizar tarefas reduz erros, aumenta a produtividade e deixa a equipe livre para atividades mais estratégicas, como construir relacionamentos duradouros com os fornecedores;

  • colaboração: a transformação digital na cadeia de suprimentos só acontece quando todos os participantes — inclusive as empresas fornecedoras — compartilham informações. Ferramentas colaborativas conectam parceiros em uma única rede e garantem a transparência das relações comerciais;

  • inteligência preditiva: com dados históricos e análise avançada, os responsáveis pela gestão da cadeia de suprimentos conseguem prever demandas, antecipar riscos e planejar ações com mais precisão.

Não deixe de ler este artigo: “Por que utilizar análise preditiva na cadeia de suprimentos?

Inovação e tecnologia: grandes aliadas do futuro

Inovação e tecnologia são conceitos muito usados em todas as áreas do mercado e movimentam a economia tanto para empresas quanto para clientes. Quando se trata de gestão de abastecimento, não é diferente: os dois princípios são peça-chave para o futuro da cadeia de suprimentos.

Em uma breve definição, inovação é a ação ou ato de modernizar/atualizar sistemas e processos. Já a tecnologia é um conjunto de técnicas, habilidades, instrumentos e métodos que envolvem a resolução de problemas e produção de bens ou serviços.

Mesmo que a resposta seja um tanto clara, ainda é passível de dúvidas sobre qual é o futuro da cadeia de suprimentos e como podemos unir a inovação tecnológica e a rede de abastecimento.

E é nesse sentido que os gestores devem direcionar a gestão das cadeias de suprimentos para novas estruturas e modelos de projetos com caráter renovador do mercado.

O futuro da cadeia de suprimentos está muito ligado, como já visto, à adoção da tecnologia em todas as partes do processo. Atualmente, é quase impossível encontrar empresas que não utilizam ferramentas tecnológicas no seu negócio; entretanto, sempre há novas opções.

É importante ressaltar que a companhia não precisa se prender na utilização de inovação atrelada à tecnologia. Por exemplo, em um negócio com necessidade de melhoria em logística, é possível a implementação de um modelo novo de gestão capaz de tornar a logística de suprimentos eficaz. Não é necessário se limitar quando se foca em inovação.

Leia também: “Conheça 6 das principais tecnologias utilizadas na cadeia de suprimentos

Tendências e tecnologias em alta na transformação digital da cadeia de suprimentos

A transformação digital tomou conta do cenário corporativo porque visa, por meio da tecnologia, a resolução de problemas tradicionais. Para fornecer uma melhor experiência ao consumidor, a cadeia de suprimentos precisa implementar soluções eficazes de otimização, desde a gestão de fornecedores até a entrega do produto ao cliente final.

A adoção de processos tecnológicos auxilia na otimização das etapas da cadeia de suprimentos e, quando se trata de futuro, esse é o caminho mais poderoso. A reestruturação digital permite implementar no setor diferentes ferramentas para automatizar processos. Veja algumas das mais promissoras.

Inteligência Artificial e Machine Learning

A Inteligência Artificial torna máquinas capazes de aprender e imitar a inteligência humana. Esse recurso tem potencial para reter conhecimento, perceber, analisar e tomar decisões sozinhas com base em informações adicionadas.

O Machine Learning é uma subdivisão da Inteligência Artificial que permite que a máquina aprenda uma grande quantidade de informações. É capaz de agregar valor por meio de previsões – de ações e pensamentos – baseadas nos dados previamente observados. A interferência humana é apenas na criação e manutenção do algoritmo.

Dica de leitura sobre esse tema: “IA na gestão de fornecedores: 6 formas de uso

Cloud based

A cadeia de suprimentos baseada em nuvem — cloud based — é uma infraestrutura digital que centraliza dados, processos e sistemas logísticos em uma plataforma online, acessível em tempo real por todos os envolvidos na operação, de qualquer lugar.

A ferramenta de nuvem é uma das inovações seguras e convenientes para as empresas, pois permite explorar o alcance dos dados para além de redes internas e de documentos em papel. Serve para guarda de documentos, compartilhamento de informações e todo tipo de armazenamento necessário para a companhia.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT) na cadeia de suprimentos conecta dispositivos físicos à internet para coletar, transmitir e analisar dados em tempo real. Essa tecnologia permite rastrear mercadorias, monitorar condições de transporte e antecipar falhas. Assim, gera mais controle, eficiência e visibilidade à operação logística.

Big Data e Data Science

Big Data é o conjunto massivo de dados que diversas fontes geram em alta velocidade, como sensores, sistemas e redes. Data Science é o campo da tecnologia que analisa esses dados por meio de técnicas estatísticas, algoritmos e IA para gerar insights e apoiar decisões estratégicas.

A tomada de decisão baseada em dados é extremamente assertiva para uma empresa, pois surge a partir do levantamento de informações confiáveis sobre clientes, negócios, fornecedores e tendências de mercado.

Leia também: Como o Big Data e Data Science podem auxiliar a gestão de fornecedores!

ESG e rastreabilidade

Aliar rastreabilidade e ESG fortalece a adoção desse conceito, pois facilita o monitoramento do impacto ambiental nas operações da empresa, garante condições éticas de trabalho ao longo de toda a cadeia e assegura a conformidade com normas regulatórias.

Com sistemas digitais integrados, é possível acompanhar cada etapa da jornada do produto e gerar relatórios transparentes para auditorias, investidores e consumidores.

Integrações com IA e analytics

A Inteligência Artificial e as ferramentas de análise de dados permitem prever demandas, otimizar rotas, reduzir desperdícios e tomar decisões mais rápidas com base em padrões e insights gerados em tempo real.

A análise preditiva no supply chain, por exemplo, identifica variações de consumo, antecipa rupturas de estoque e ajusta automaticamente o planejamento de compras e produção. Assim, evita excessos, faltas e atrasos, além de tornar a operação mais ágil e estratégica.

Plataformas colaborativas de fornecedores

São soluções que promovem a integração de fornecedores às atividades da empresa que os contratou e outros agentes da rede de abastecimento, como distribuidores. Essas plataformas centralizam dados em um único ambiente digital, o que melhora a comunicação, reduz falhas e acelera negociações e processos de reposição.

Leia o artigo “SRM integrado: 7 vantagens para a sua empresa!” e entenda melhor.

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O que mais deve ter uma cadeia de suprimentos digital?

Uma cadeia de suprimentos digital deve ter, além de ferramentas que compõem essa transformação, tecnologias que cumpram o papel de melhorar as estratégias de otimização de toda a supply chain e combinação de processos.

Esses são exemplos de tendências nesse cenário:

  • adoção de novas plataformas: softwares e produtos que permitem ampliar e otimizar os processos operacionais, a exemplo dos que promovem a integração de fornecedores;

  • mão de obra humana mesclada à Inteligência Artificial: aliar conhecimentos técnicos profissionais às tecnologias de IA permite aprimorar os serviços e minimizar os erros;

  • alteração na logística reversa: fortalecer a metodologia de devoluções e trocas para reduzir a margem de prejuízos;

  • construção de uma cadeia de suprimentos autônoma: com potencial para solucionar e/ou cumprir as demandas de forma sistematizada, livre da obrigatoriedade de intervenção humana;

  • rapidez nos processos: agilidade, confiabilidade, visibilidade e eficácia de processos são focos importantes para o aumento de lucro por meio de fidelização de clientes;

  • assertividade de decisões: com o uso de sistemas de análise preditiva no supply chain para embasar decisões de forma rápida e assertiva, e ferramentas de indicadores de desempenho como auxiliares para as deliberações.

Como fornecedores confiáveis são a base da transformação digital?

Fornecedores confiáveis são a base da transformação digital porque promovem a continuidade, a qualidade e a integridade dos processos ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

Parceiros com essas características facilitam a integração de dados em tempo real, colaboram com inovação, atendem aos requisitos de compliance e reduzem riscos operacionais e reputacionais. Sem parceiros preparados, nenhuma tecnologia entrega todo o seu potencial.

Contudo, para identificá-los, é essencial:

  • homologação criteriosa: empresas digitais avaliam seus fornecedores com base em critérios técnicos, legais, financeiros e de conformidade ESG. A homologação garante que os parceiros estejam alinhados com os padrões que o negócio exige para atuar de forma segura e transparente;

  • gestão de risco de terceiros: como fraudes, quebras contratuais ou descumprimento de normas afetam toda a operação. Soluções de monitoramento contínuo ajudam a prevenir essas ameaças e trazem previsibilidade e proteção à reputação de quem contrata;

  • associação de dados via SRM: esse sistema promove a integração de fornecedores, permite a troca automática de dados, a rastreabilidade de pedidos, a análise de desempenho e a colaboração em tempo real. Tudo junto acelera processos e fortalece decisões estratégicas.

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Como começar a transformação digital com foco em fornecedores?

Para começar a transformação digital com foco em fornecedores, o ideal é:

  • fazer um diagnóstico: mapeie as empresas fornecedoras ativas na sua supply chain, analise contratos, indicadores de desempenho, compliance e riscos. Identifique falhas de comunicação, atrasos, falhas recorrentes e ausência de dados confiáveis;

  • escolher a tecnologia: busque plataformas que centralizem a gestão de fornecedores, a exemplo de um SRM, e que permitam integração com outros sistemas que já usa na sua empresa, que ofereçam automação de processos, como homologação, análise de risco e gestão de contratos. Além disso, a solução precisa ser escalável e segura;

  • realizar a gestão de dados: padronize as informações cadastrais, contratuais e operacionais dos fornecedores. Defina regras claras para atualização, acesso e uso dos dados para sustentar decisões estratégicas e reduzir erros operacionais;

  • efetuar o monitoramento: defina indicadores de desempenho (KPIs) e alertas automáticos para acompanhar prazos, conformidade e qualidade de entrega. Use dashboards e relatórios para revisar resultados regularmente e ajustar a estratégia com base em evidências.

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