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Está sem tempo para ler? Assista a uma explicação no vídeo abaixo:
A revisão contratual reduz riscos, evita sanções e dá previsibilidade à execução. Sob a Lei 14.133/2021, desalinhamentos em contratos com o setor público podem resultar em glosas e penalidades.
No setor privado, programas de compliance pedem due diligence, controles internos e auditorias periódicas para manter integridade e rastreabilidade.
Para mostrar como sua empresa pode se beneficiar de uma rotina de revisão contratual auditável, este artigo traz roteiro prático de execução e monitoramento desses documentos com indicadores conectados às cláusulas e à gestão de contratos — e como a tecnologia pode otimizar e trazer mais eficiência para esse processo.
Acompanhe.
O que é revisão contratual?
É a análise sistemática de contratos em negociação ou em vigor para validar riscos, conformidade e desempenho antes, durante e após a assinatura. Na prática, verifica se as cláusulas protegem a empresa, refletem a legislação atual e se conectam às evidências operacionais.
Portanto, uma gestão de contratos eficiente cobre todo o ciclo de vida — da minuta à execução e encerramento — e o relacionamento com as partes, não apenas a assinatura.
A revisão abrange cláusulas comerciais e legais (escopo, prazos, SLAs, garantias, multas, reajustes), anexos e aditivos, além dos processos que viabilizam o cumprimento. Em conformidade, o princípio desse processo é o atendimento estrito a normas e regulamentações aplicáveis, sustentado por due diligence, controles internos e auditorias.
Em relações com a administração pública, conhecimento aprofundado da Lei 14.133/2021 e regulamentos específicos é inegociável.
Para que esse trabalho gere valor prático, é essencial transformar essa análise em entregáveis úteis são objetivos e acionáveis: parecer de riscos, matriz de conformidade, minuta com redlines, plano de mitigação (com responsáveis e prazos) e agenda de revalidação.
Quando conectados a um programa de governança, esses artefatos convertem cláusulas em rotinas monitoráveis, prevenindo fraudes, desvios e penalidades.
Se você precisa explicar internamente o que é revisão de contratos, use a definição acima e vincule os entregáveis às rotinas que a empresa já pratica.
Quando fazer revisão contratual?
Saber quando fazer revisão contratual evita decisões ad hoc e renovações “no automático”. Antes de mais nada, defina a revisão de contratos por eventos-gatilho e por periodicidade. Assim, essa tarefa deixa de ser decisão pontual e vira procedimento, com menos dependência de memória individual.
Antes da assinatura, revise para incorporar achados de due diligence e background check. Durante a vigência do contrato, gatilhos típicos para fazer a revisão incluem renovações, reajustes, alterações de escopo, mudanças regulatórias (como atualizações ligadas à Lei 14.133/2021 em contratos com o setor público), incidentes de compliance, baixo desempenho do fornecedor e mudanças relevantes no mercado.
Em paralelo, estabeleça ciclos periódicos compatíveis com o risco: contratos críticos pedem revisão mais frequente e comitês multidisciplinares.
Vincular a revisão a marcos administrativos existentes, como fechamento de trimestre, revisão de preços, auditorias internas, sincroniza agendas, reduz retrabalho e cria evidências de governança.
Atenção! Evite revisar apenas preços e prazos, ignorar anexos técnicos e manter cláusulas de conformidade desatualizadas.
Padronize gatilhos e cadências com um SRM integrado — agende uma demonstração da Linkana para ver como operacionalizar isso na prática.
Como fazer revisão de contratos?
Para entender como fazer revisão de contratos, é necessário adotar um fluxo com critérios de aprovação e registro. Os passos abaixo mostram como organizar esse processo com rastreabilidade e sem travar a operação.
1) Preparação e coleta
Reúna contrato, aditivos, anexos técnicos, escopo de serviços/produtos, certificados, apólices e evidências de execução (ordens de compra, relatórios, atas). Sem documentação completa, a análise fica parcial e sujeita a retrabalho.
2) Due diligence e background check
Antes de contratar ou renovar, verifique a integridade do fornecedor. Cheque histórico de fraudes ou irregularidades, conformidade documental e riscos na cadeia (incluindo práticas trabalhistas).
Use achados para ajustar cláusulas de anticorrupção, subcontratação, auditoria e rescisão motivada. Evite confiar apenas em declarações do fornecedor e sempre preveja direito de auditoria.
3) Análise de cláusulas e riscos
Avalie pontos críticos com evidências:
escopo e entregáveis: o que está dentro e fora da revisão contratual;
SLAs e KPIs: metas claras, mensuráveis e auditáveis;
preço e reajuste: metodologia, gatilho e teto;
prazos e rescisão: mecanismos equilibrados e exequíveis;
responsabilidades e garantias: cobertura real aos riscos operacionais;
penalidades e bônus: devem ser proporcionais ao impacto do descumprimento;
conformidade: anticorrupção, integridade, auditoria e registros.
Se um controle não for exequível, ajuste o texto ou estabeleça salvaguardas operacionais.
4) Validação regulatória
No setor público, confronte cláusulas com a Lei 14.133/2021 e com o edital — divergências geram glosas, impugnações e sanções. No privado, valide aderência a políticas internas de compras, normas setoriais e requisitos de compliance.
Se houver lacunas, proponha aditivos com prazos de implementação.
5) Plano de mitigação e aprovações
Classifique riscos por impacto e probabilidade e defina mitigadores (cláusulas, processos, evidências). Submeta ao comitê responsável e registre pareceres para formar uma trilha de auditoria. Auditorias internas verificam se mitigadores funcionam no cotidiano.
6) Negociação e formalização
Negocie com dados e benchmarks internos. Conclua com minutas revisadas, assinaturas e atualização do repositório central. Evite “versões paralelas”: mantenha versionamento único e logs de aprovação para rastreabilidade.
7) Onboarding e comunicação
Treine equipes sobre o que mudou e quem faz o quê. Educação contínua sustenta a conformidade e evita desvios operacionais. Disponibilize checklists, indicadores e responsáveis por acompanhamento.
Veja a aplicação da metodologia em um exemplo prático.
Um contrato de logística acumulava atrasos sem penalidade aplicável. Na revisão contratual, foram inseridos SLAs claros, escalonamento de multas proporcionais e auditorias trimestrais no parceiro.
Em poucos ciclos, o cumprimento de prazos melhorou e as multas se tornaram exceção, mantendo a continuidade do serviço com custos controlados.
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Como adaptar a revisão contratual ao setor público e a fornecedores críticos na prática?
Em compras públicas e com fornecedores críticos, a revisão de contratos ganha nuances específicas. A Lei 14.133/2021 unifica e moderniza a legislação de licitações e contratos públicos — desalinhamentos com seus dispositivos abrem espaço para glosas e sanções.
Ou seja, em contextos com órgãos públicos, alinhe exigências do edital com controles internos da empresa para evitar conflito entre rotinas e obrigações contratuais.
No privado, políticas formais de due diligence e verificação documental sustentam a integridade e reduzem riscos.
Para fornecedores que sustentam operações essenciais, amplie o mapeamento de riscos: subcontratações, condições trabalhistas, saúde e segurança, continuidade e confidencialidade.
Especifique direitos de auditoria, obrigações de reporte e quais documentos devem estar disponíveis sob demanda. Ao amarrar essas obrigações a controles internos, você reduz fraudes e desvios e facilita auditorias.
Inclua mecanismos claros de correção, como fluxo de tratamento de não conformidades, prazos, responsáveis e evidências aceitas.
Como monitorar contratos no dia a dia e transformar desvios em ação rápida?
Sem monitoramento de contratos, até a melhor revisão se perde na execução.
Portanto, defina indicadores simples, mensuráveis e conectados às cláusulas: cumprimento de SLAs, prazos de entrega, incidentes de compliance, não conformidades registradas, aditivos por erro de escopo, multas aplicadas e evitadas, renovações no prazo e vigência de garantias/seguros. Além disso, padronize fórmulas, periodicidade e responsáveis pela coleta.
Use controles internos e auditorias para verificar se o que está no papel acontece no dia a dia. Ao detectar desvios, acione um mini-ciclo de revisão: redline do trecho afetado, plano corretivo e revalidação, sem aguardar o próximo marco formal. Esses sinais indicam quando fazer revisão contratual sem esperar a renovação.
Com critérios claros, integração de due diligence, controles e auditorias, e aderência à Lei 14.133/2021 quando aplicável, a revisão de contratos se torna pilar de redução de riscos e execução eficiente.
Indicadores consistentes e rotinas de melhoria contínua movem a gestão contratual de reativa para preventiva, elevando previsibilidade e integridade em toda a base de fornecedores.
Para automatizar alertas, indicadores e trilhas de auditoria em um único lugar, veja como um SRM faz a orquestração ponta a ponta.
Utilize um SRM para fazer a revisão dos seus contratos
Você viu como sustentar indicadores, monitoramento e trilhas de auditoria depende de um repositório central com versionamento e alertas. Se esse é o próximo passo para tornar sua gestão contratual preventiva e previsível, vale ver como isso funciona na prática dentro da Linkana.
Na nossa demonstração, você entende:
como centralizar contratos e anexos com versionamento único e alertas de vencimento;
como conectar due diligence, controles internos e auditorias às cláusulas críticas;
como configurar gatilhos, SLAs e indicadores que disparam mini-ciclos de revisão.
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