Gestão de riscos

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Como implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos eficiente?

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

11 de novembro de 2021

11 de novembro de 2021

11 de novembro de 2021

Um Programa de Gerenciamento de Riscos consiste em uma documentação obrigatória utilizada pelas empresas para garantir a segurança dos colaboradores no trabalho e evitar danos tanto aos funcionários quanto à organização e ao meio ambiente, prevenindo riscos de incidentes durante as atividades laborais

Esse tema é de extrema relevância, já que, apenas em 2020, foram notificados mais de 440 mil acidentes de trabalho no Brasil, de acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.

Além de trazer danos e prejuízos aos negócios e aos trabalhadores, situações como essa afetam a imagem pública e a credibilidade da sua instituição perante os stakeholders, como investidores e consumidores.

Tendo isso em mente, quer saber o que é, os objetivos, a importância e como implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos? Então basta continuar a leitura deste artigo!

O que é o PGR? Entenda o Programa de Gerenciamento de Riscos

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) consiste na criação de documentos que contenham requisitos e orientações gerais para a prevenção de acidentes no local de trabalho.

Ou seja, ele atua na preparação da gestão para que ela saiba como evitar possíveis incidentes laborais e, também, indica o que fazer para minimizar os danos, caso uma falha ocorra. 

Para isso, ele abrange uma estratégia completa de planejamento e execução que visa proteger os funcionários, a empresa e o meio ambiente.

Segundo a Fundacentro, o PGR substitui o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) a partir da nova norma N.01, que entrou em vigor em janeiro de 2022, na qual estão dispostos os novos aspectos que devem ser observados pelas instituições para prevenir e mitigar riscos laborais.

Quais são os objetivos do Programa de Gerenciamento de Riscos?

O principal objetivo de um PGR é precaver a organização de possíveis acidentes que tragam lesões para a saúde e as vidas dos funcionários, afetem economicamente a empresa e prejudiquem, de alguma forma, o meio ambiente.

Além disso, ele conta com outras finalidades importantes, tais como as listadas abaixo: 


  • visualizar e antecipar a ocorrência de ameaças;


  • agir preventivamente no combate às possíveis falhas;


  • garantir a saúde, motivação e produtividade dos colaboradores;


  • identificar os riscos e saber exatamente de onde vêm, por meio de análises qualitativas e quantitativas;


  • fazer uma avaliação minuciosa para tomar as melhores decisões estratégicas;


  • controlar os diversos tipos de riscos que surgirem;


  • avaliar cada tipo de ameaça, conforme o nível e a probabilidade de ocorrência, além de indicar como proceder, caso ocorra. 


Para atingir essas metas, é necessário planejar e implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos de curto, médio e longo prazo, que seja robusto e esteja em contato direto com os colaboradores.  

 

Qual a diferença entre o PPRA e o PGR?

Assim como já mencionado, o PGR foi criado para substituir o PPRA, mas é muito importante que você conheça as diferenças entre cada um deles, começando por suas definições.

PPRA é o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o qual foi criado pela Portaria SSST nº 25 de 29 de dezembro 1994. Seu principal objetivo era determinar medidas que promovessem o controle de riscos físicos aos trabalhadores brasileiros.

Definido na NR-9, ele se tornou obrigatório, fazendo com que todas as empresas aderissem e cumprissem suas determinações.

Já o PGR tem a finalidade e os objetivos que acabamos de citar, e entrou em vigor no dia 3 de janeiro de 2022, trazendo com ele o GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) e a metodologia que deve ser utilizada para avaliar a exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais.

Apesar de parecerem semelhantes, há diferenças importantes entre o PPRA e o PGR, por exemplo:


  • o PPRA tem maior foco nos riscos ocupacionais e biológicos que podem causar doenças temporárias ou permanentes nos trabalhadores, ou que podem se tornar motivos de acidentes de trabalho;


  • o PGR, por sua vez, tem uma abordagem mais ampla e completa, englobando também potenciais problemas mecânicos e ergonômicos. Esse programa também classifica os riscos, não se limitando a identificá-los, como o PPRA.


Outras diferenças entre o PPRA e o PGR 

Além dessa, outras diferenças que podemos citar sobre o PPRA e o PGR são:


  • revisão de documentação:

    • PPRA: sempre que necessário ou, ao menos, uma vez por ano;

    • PGR: deve ser revisada a cada dois anos, podendo ter esse prazo estendido para três anos se a empresa usar um sistema de gestão, ou revisada imediatamente caso haja algum acidente.


  • responsabilidade:

    • PPRA: de funcionários com capacidade e habilidade de se responsabilizar pela norma, ou pelo SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do Trabalho);

    • PGR: de total responsabilidade da empresa, devendo ter mais de um responsável, a fim de evitar decisões unilaterais.


Como fazer um Programa de Gerenciamento de Riscos?

Um PGR deve conter dois documentos obrigatórios, que são um inventário de riscos ocupacionais e um plano de ação. 

Ambos devem contar com a participação de colaboradores na sua criação e serem publicados de maneira visível para todos. Para viabilizar a elaboração desses dois guias, siga os passos indicados abaixo. 

1 – Planejar

Na fase de planejamento, é imprescindível identificar as principais ameaças às quais os colaboradores estão sujeitos no local de trabalho.

Entende-se como risco qualquer probabilidade de lesão ou dano à saúde em decorrência de algum evento ameaçador, exposição a determinado agente ou atividade laboral que tenha possibilidade de lesão. 

Neste momento, a empresa deve criar também um mapa de risco de segurança do trabalho. As ameaças levantadas e que devem estar contidas nesse mapeamento são:


  • riscos físicos;


  • riscos químicos;


  • riscos biológicos;


  • riscos ergonômicos;


  • riscos de acidentes.


Após fazer isso, é hora de determinar e classificar o nível de probabilidade de ocorrência de cada possibilidade indicada, via análise qualitativa e quantitativa.

Além desse mapeamento, a proposta de um Programa de Gerenciamento de Riscos deve:


  • conter informações de segurança do processo de trabalho;


  • fazer a revisão dos riscos destes procedimentos;


  • manter e garantir a integridade de sistemas críticos;


  • capacitar os colaboradores;


  • investigar os incidentes;


  • promover auditorias internas. 


Para colocar em prática tudo isso e fazer o gerenciamento de riscos ocupacionais, é interessante contar com uma equipe multidisciplinar e, de preferência, contratar uma consultoria especializada em Saúde e Segurança do Trabalho (SST).

2 – Implementar 

As medidas definidas no planejamento, especialmente pelo mapeamento de riscos, devem ser implementadas de acordo com a classificação de cada ameaça e na ordem de prioridades estabelecidas.

Depois da concretização da documentação, é preciso fazer o controle de riscos cotidianamente, selecionando quais serão as medidas de prevenção adotadas, acompanhar e avaliar seu desempenho.

Neste processo, os colaboradores precisam fazer parte das atividades e serem informados constantemente sobre as medidas de combate às ameaças a serem efetuadas.

Na fase de implementação, é indispensável: 


  • eliminar os riscos levantados que são passíveis de extinção;


  • mitigar os que irão continuar existindo;


  • transformar o método de trabalho, caso necessário;


  • investir nos EPIs (equipamentos de proteção individual) adequados;


  • deixar visível para todos, de maneira clara, o mapa de risco de segurança do trabalho. 


3 – Verificar e corrigir as falhas 

Como esse é um processo que deve ser aperfeiçoado ao longo do tempo e não possui um prazo de validade, é essencial controlar e verificar constantemente se ele está adequado à realidade da empresa.

A cada falha ou acidente ocorrido, é necessário recorrer ao documento original e verificar se a melhor atitude apontada é, de fato, a mais pertinente. Dessa forma, os arquivos estarão sempre coerentes com a realidade do negócio. 

Além disso, a cada nova atividade implementada na organização, deve ser feita uma nova avaliação dos riscos pertinentes a essas transformações. 

Leia também: “Gestão de riscos de fornecedores: como mitigar as principais ameaças ao seu negócio?” e “Conheça as 4 melhores metodologias para a gestão de riscos dentro da sua empresa”.

Bônus: como verificar se os seus fornecedores têm um Programa de Gerenciamento de Riscos?

Como você deve ter percebido, um Programa de Gerenciamento de Riscos é obrigatório e fundamental para as empresas zelarem pelo bem-estar dos funcionários, por sua saúde financeira e pelo meio ambiente. 

Além de ser exigido pelo Estado, esse programa traz credibilidade e segurança na hora de fazer negócios

Por isso, é crucial que a companhia esteja atenta se os seus fornecedores têm um PGR instituído e se estão mitigando os perigos envolvendo as atividades laborais realizadas. 

Para isso, você pode contar com a ajuda de um software de e-procurement, como a Linkana. Nosso principal papel é agilizar a qualificação, homologação e cadastro de fornecedores de maneira segura. 

Adicionalmente, a Linkana auxilia na verificação se seus fornecedores têm um Programa de Gerenciamento de Riscos implementado. 

Isso é feito por intermédio das documentações analisadas, que incluem a quantidade de ações trabalhistas, de processos criminais e as mídias negativas de uma organização. 

Dessa forma, você garante que seus fornecedores estão cumprindo as principais normas regulamentadoras trabalhistas para redução de riscos de segurança e saúde no trabalho. 

De qual outra forma a Linkana pode ajudar o seu negócio?

Na busca por fornecedores compatíveis com os propósitos do seu negócio, a Linkana pode ajudar com o Linkana ESG Rating, ferramenta que facilita o processo de gestão de riscos de fornecedores.

Por meio dessa solução, são atribuídas pontuações para critérios ESG, analisando os riscos socioambientais e de governança dos potenciais fornecedores para o seu negócio.

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