Gestão de Fornecedores

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Auditoria de campo: entenda o que é, qual sua importância e como implementá-la na sua empresa

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

Escrito por Leo Cavalcanti

15 de abril de 2021

15 de abril de 2021

15 de abril de 2021

Muitas empresas parecem ter receio de “levantar o tapete” pelo medo da sujeira que eles possivelmente encontrarão. 

Porém, a auditoria de campo é fundamental para uma atuação sustentável, segura e competitiva no mercado, já que ela permite entender e melhorar os processos internos. Ademais, com a auditoria de campo, sua organização pode se certificar que o planejamento estratégico está sendo seguido adequadamente.

Mas, afinal de contas, o que é auditoria de campo?

A auditoria de campo pode ser resumida como uma avaliação das operações, processos e sistemas gerenciais de uma organização. Nela, são avaliados adequações à políticas institucionais, normas e padrões, além de fornecer informações relevantes, recomendações corretivas e preventivas para levar mais segurança à empresa. 

Com esses pontos, a auditoria de campo também se torna uma excelente ferramenta de gestão de riscos de terceiros. Vale lembrar, inclusive, que dependendo do erro cometido pelo fornecedor, a empresa contratante pode ser igualmente prejudicada ou responsabilizada pela situação errônea.

Quando feita de forma periódica, a auditoria de campo consegue identificar ameaças à saúde do negócio, como:

  • Sonegação de tributos e encargos;

  • Registros desatualizados;

  • Deficiências nos processos de produção;

  • Falhas operacionais;

  • Armazenamento incorreto de insumos e matérias-primas;

  • Equipamentos defeituosos ou inadequados;

  • Condições de trabalho que não atendem à legislação e que podem até se enquadrar como trabalho escravo.

E quando os riscos se concretizam?

Pode ser que sua empresa opte por não realizar as auditorias de campo ou apenas realizá-las internamente. Porém, separamos três exemplos que reforçam a importância de estender essa avaliação para todos os parceiros da instituição.

Assassinato no Carrefour

Em novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas morreu espancado por dois seguranças terceirizados na filial do grupo em Porto Alegre. O caso, que chamou a atenção no País, levou a rede de supermercados a ser investigada pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre e pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre práticas relacionadas à fiscalização de serviços de segurança contratados e também sobre medidas para o enfrentamento de ações racistas e discriminatórias. 

Na Justiça, o conglomerado também responderá uma ação civil pública que pede indenização de R$ 200 milhões por danos morais coletivos e sociais. Esse prejuízo financeiro e reputacional levou a rede de supermercados a anunciar o fim da terceirização dos serviços de segurança nos supermercados do grupo. 

De acordo com um comunicado, os serviços de segurança, o modelo de internalização da equipe “é o ponto inicial para transformação do seu modelo de segurança e faz parte dos compromissos anunciados pela rede. [...] Todo o processo de internalização da segurança terá como foco a implementação de práticas antirracistas e de uma cultura de respeito aos direitos humanos”.

Maus-tratos em fornecedor da JBS

A JBS USA, braço americano da JBS, precisou suspender o contrato com um de seus fornecedores de carne suína no Tennessee após a ONG (Organização Não Governamental) Mercy for Animals divulgar um vídeo que mostrava os maus-tratos que os animais criados no local sofriam.

Nas imagens, era possível ver os suínos sendo castrados sem anestesia e as fêmeas confinadas em gaiolas de gestação, práticas comuns na indústria, mas condenada pela ONG pelas condições impostas aos animais.

Na época, a JBS divulgou uma nota afirmando que as imagens estão em “total desacordo com os padrões e exigências da companhia” e que a empresa abriria uma investigação para apurar responsabilidades e “tomar as medidas cabíveis”. 


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Trabalho escravo na Coca-Cola

A tão amada marca de bebidas também possui escândalos envolvendo fornecedores, como o de trabalho escravo. Em uma lista suja do trabalho escravo divulgada em 2018, foi inclusa a Spal Indústria Brasileira de Bebidas, que integra o grupo Femsa. 

Considerado o maior engarrafador de Coca-Cola do mundo, o grupo Femsa possui apenas no Brasil 10 unidades para engarrafamento e 43 centros de distribuição. Na denúncia consta que caminhoneiros e ajudantes de entrega da Coca-Cola realizavam, em média, 80 horas extras por mês - podendo chegar a 140 horas extras mensais.

Houveram inclusive casos em que a sequência de jornadas exaustivas terminava em afastamento por atestado médico, como você pode ver no gráfico abaixo:

Como realizar uma auditoria de campo?

Agora que você pôde ver a importância da auditoria de campo para uma empresa, chegou o momento de entender como adotá-la na sua organização.

Esse tipo de auditoria costuma ser realizada por uma empresa especializada na área (auditoria externa) ou por um grupo de pessoas da empresa que não conhecem o cotidiano do setor que será avaliado (auditoria interna). Esse fator é extremamente importante para garantir que os auditores não estejam acostumados com os processos, que podem influenciar na avaliação.

Depois dessa definição, deve ser definida a área a ser auditada, como qualidade, segurança ou meio ambiente, por exemplo. Em seguida, é indispensável se planejar para a auditoria com a elaboração de um checklist com todos os pontos que devem ser analisados. Também é válido ter em mãos todas as obrigações às quais o departamento da empresa ou o parceiro externo deve seguir.

A auditoria de campo então começa, com uma análise dos pontos fracos e fortes da área/fornecedor em questão. 

Com o término da análise, a equipe de auditoria realiza então um relatório explanando quais exigências estão ou não sendo atendidas pelo analisado. Com esses dados em mãos, a empresa pode decidir sobre as mudanças que devem ser feitas e que medidas podem ser tomadas para garantir que as exigências sejam cumpridas.

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